O meu post anterior era menos sobre a bola do que sobre coisas mais sérias mas os comentários mostram que os calores clubísticos falam muito forte e até acordam pessoas em hibernação. Convém precisar a minha ideia.
Quanto à bola, declaração de interesses: não sou do Boavista e não conheço os Srs. Loureiro.
Quanto às coisas sérias, primeiro ponto: foram oferecidos todos os meios à investigação, foi colocada uma suposta super-magistrada à frente da investigação, foi até ordenado de antemão (pasme-se!) que o MP recorresse de todas as decisões que lhe fossem desfavoráveis. Resultado, os arguidos foram absolvidos e na decisão é claramente dito que a acusação se baseia em suposições.
Aqui chegados, uma de duas: ou os arguidos são culpados e o MP, com todos os meios à sua disposição, não consegue sustentar uma acusação, o que é grave, ou então o MP diverte-se durante anos a acusar inocentes, o que é gravíssimo. Qualquer das duas conclusões (e mais nenhuma é possível) é lamentável (para dizer o mínimo). Não há consequências?
Ricardo Costa espatifou o Boavista, destruiu-o, deu cabo dele, arrebentou com aquilo tudo, apenas e só com base no que uma Juiz a sério veio dizer que eram meras “suposições”. Não há consequências?
É este o país em que vivemos? Em que queremos viver? E quando formos nós os perseguidos?
A polícia pôs-se à escuta e achou que havia corrupção desportiva no futebol, embora só numa zona do país.
O PGR ordenou a criação de uma equipa especial, da capital, para tratar do assunto, encabeçada por quem aprioristicamente proclamava há anos em inúmeras entrevistas não ter dúvidas sobre a situação. A equipa de investigação, gabava-se, tinha até percorrido 32.910 kms. A decisão judicial, nos tribunais a sério, veio dizer que a acusação deduzida pelo MP foi baseada em suposições e absolveu todos os arguidos.
Pelo meio, um suposto justiceiro destruiu o Boavista.
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