Uma equipa aguerrida venceu na Luz. Marcaram um golo num golpe de génio do seu melhor jogador e depois estiveram 6o minutos à defesa. Já tinha visto este filme. Com o Gondomar, para a Taça, salvo erro. É futebol.
Nota: que falta de fair play deixar o Stepanov no banco...
posted by FNV on 11:11 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (IX):
Leão, o bispo de Roma, vestiu-se bem para o encontro com o bárbaro à borda do Míncio. Nós vamos de vermelho simples, a cor do mundo. No final, um copo de vinho. Longa vida à nossa civilização.
posted by FNV on 3:35 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (VIII):
Manhã da batalha. Céu carregado como as chuteiras do Petit, ameaços de água. Pode ser que o Luís Filipe se constipe. Não vou poder ver o jogo em casa. Não é conveniente enfiar-me debaixo da mesa em casa de terceiros.
Uma greve da função pública encostadinha ao weekend e o Vasco (Lobo Xavier) não diz nada? Ainda acaba sindicalizado.
posted by FNV on 8:08 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (VII):
A única vantagem de receber a trupe do sobrinho de Roas reside no facto de o Cardozo poder aprender com o Lisandro.
posted by FNV on 7:28 da tarde
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VÊM AÌ OS HUNOS (VI):
O Cardozo tem de ser neutralizado. Pode parecer esquisito, tratando-se de um jogador nosso, mas é mesmo assim. Outra possibilidade é enfiar-lhe duas botas esquerdas nos pés.
posted by FNV on 5:22 da tarde
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VÊM AÌ OS HUNOS (V):
Amanhã recebemos na Luz gente estranha. Os hunos reverenciam o seu chefe e seguem-no cegamente, como é próprio dos bárbaros. Se o chefe se apaixona por uma lavadeira da Ribeira adoram-na como se da princesa Honória se tratasse; quando a lavadeira cai em desgraça é vítima dos mais variados impropérios. Não têm personalidade.
posted by FNV on 5:13 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (IV):
O mundo seria melhor sem eles ? Talvez. Mas derrotá-los faz o mundo ainda melhor.
"António Costa quer salvar uma Câmara afogada em dívidas" ( SIC-N, há bocadinho). A jornalista que fez esta introdução é muito boa, introduz muito bem. Costa é um salvador que quer salvar, ou seja, só não salva porque não o deixam. E depois a Câmara não se está a afogar, está afogada. Costa é um salvador milagreiro. Muito bom mesmo.
À medida que se aproxima a Cimeira UE/África, é obrigatório (re)ler a série do Corta Fitas - "Este ditador vem a Lisboa" - assinada pelo Pedro Correia.
posted by FNV on 7:40 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (III):
A táctica. A gente faz alinhar de início o Cardozo disfarçado de Adu para entreter os bárbaros. A cinco minutos do fim, quando os gajos estiverem a mudar o óleo ao Stepanov, a gente mete o Adu disfarçado de Cardozo. É tiro e queda.
posted by FNV on 6:39 da tarde
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VÊ AÍ OS HUNOS (II):
Átila trouxe Rúgios, Hérulos, Turíngios, Saxões, Alanos e Burgúndios. E também o Lisandro Lopez . Nós só temos o Cardozo.
posted by FNV on 3:37 da tarde
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VÊM AÍ OS HUNOS (I):
O árbitro de Sábado é da Associação de Futebol do ...Porto.. Tanto melhor: sempre se recordam os bons tempos. Pode ser que jogue o Stepanov. Para compensar.
A dívida e a culpa são irmãs, diz Gunter Grass. Outros dizem que hoje rejeitamos a culpa. Não me parece. Na Antiguidade europeia ( os chineses são outro circo) as escolas e os espelhos referiam já a nossa relação com a culpa ( do éloignement epicurista à dureza da Antígona, ela esteve sempre presente). A religião forneceu à culpa um rosto reconhecível e aceitável: aruumou-a num lugar concreto, o da passagem para a salvação. Mas ela não desapareceu com a famosa e confusa "cartilha hedonista". Muitos dos que hoje vivem com antidepressivos, drogas ilegais ou álcool ( quase todos), alimentam a besta. Se o modo de vida despreocupado e egoísta ilude os que pensam que a culpa partiu para Cápua, é apenas um problema de percepção. Hoje juramos não ter pachorra para a culpa e pagamos bem aos psis para nos aliviar? Então ela está aí para as curvas. A ligação à dívida ajuda a perceber. Gerações inteiras que viram os pais fazer o que quiseram acham. e bem, que devem pouco. Por sua vez, quando essas gerações fazem o que lhes dá na gana, a culpa não desaparece: fica é sozinha. E é naturalmente insuportável.
O Iraque foi invadido em semanas e depois instalou-se uma resistência à ocupação, tal como no Afeganistão. É curioso verificar que se fala de "guerra no Iraque", mas para o Afeganistão utiliza-se o termo "situação" ou "combate ao terrorismo". As comparações com o Vietname são pueris: o Irão não desempenha o papel da China, o sistema global de alianças não é o mesmo. Depois de uma invasão muitas coisas podem acontecer. Em 1940, em França, Reynaud e Weygand não mobilizaram os 500.000 alistados nem a (ainda intacta) "terceira melhor força naval do mundo" contra os nazis. Por outro lado, a compaixão não explica tudo: no Ruanda morreram 600.000 pessoas em cinco meses perante a indiferença absoluta de pacifistas, actores e intelectuais europeus e americanos. O que se pressentiu - recordam-se da previsão que Bagadad iria ser a "nova Estalinegrado" e que os americanos passariam a ter petróleo barato? - , e bem, foi que os EUA , caso tivessem tido sucesso, alargariam a sua esfera de influência, de modo decisivo, numa zona - o Crescente Dourado - onde fizeram sempre o papel de parvenu face ao domínio francês, russo e britânico. E numa zona onde explodem autocarros cheios de crianças, os americanos ficaram aflitos com imagens de um sargento a ameaçar um prisioneiro com um cão. Estudassem mais. Seja como for, a diabolização da operação iraquiana teve sempre uma agenda flexível: primeiro ia ser um fracasso, depois ia ser um passeio de rapaces, depois voltou a ser um fracasso. Os europeus, que só deram conta do genocídio nos Balcãs quando a Jugoslávia foi afastada do campeonato de futebol de 1992, não perdem agora a oportunidade de assobiar para o lado. Como dizia De Gaulle, uma praça cercada está muito próxima da rendição quando o governador começa a falar disso.
Se o PSD se profissionalizar, as coisas mudam. Quadros profissionais significam maior dependência da direcção central, ou melhor, um outro tipo de dependência:
1) Enquanto hoje as distritais podem eleger chefes distantes da direcção, no futuro serão meras filiais subordinadas aos objectivos gerais da "empresa". Aquilo que Renzo Felice designou como processo di fascistizzazione passou pela reconversão dos funcionários do Estado em rappresentanti neutri: super-partes do orgão central com a missão de distinguir entre fascistas e anti-fascistas. Também a profissionalização do partido tenderá a obter uma homogeneidade que obrigará a distinguir entre os que trabalham ( literalmente) para o partido e os que perturbam o partido.
2) Por outro lado, e mais importante do que o estatuto profissional, os novos quadros transportarão consigo a mensagem central: estamos aqui para "alcançar objectivos". Isto é um problema porque poderão ser definidos objectivos apenas porque são "alçançáveis" e não porque sejam bons em si mesmo. A despolitização, na sua marca d'água - o populismo -, aparecerá fresca e brilhante: os profissionais ouvem o povo e respondem ao que ouvem.
A psicologização fez-nos acreditar que o desejo necessita de alvos novos, porque senão morre. A intimidade ganhou os galões com a psicanálise, no início do século passado. Esta doutrina acompanhou a sossegada revolução narcísica que desde há mais ou menos cinquenta anos nos tornou num somatório de experiências: queremos ser desejados, mas acreditamos - e bem - que ninguém o pode fazer durante muito tempo. Brinquedos novos.
Já o desejo que se alimenta do desejo é outra história. Exige o reconhecimento da nossa solidão, obriga a que compreendamos que o outro deseja, simplesmente. E isto sem favor das nossas belas funcionalidades. É um trabalho religioso.
posted by FNV on 9:10 da tarde
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ONTEM COMO HOJE:
"O que os portugueses o que hoje querem e desejam, não é uma inovação, é a restituição de suas antigas e saudáveis instituições, corrigidas e aplicadas segundo as luzes do século e as circunstâncias políticas do mundo civilizado."
Depois da queda do Antigo Regime, em 1820, os vintistas queriam eram reconciliar, como se vê neste trecho do "Manifesto da nação portugueza aos soberanos e povos da Europa "( publicado por Clemente José dos Santos, 1883, e reproduzido por Zília O. Castro, 1986).
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.