DO EXPRESSO, de hoje: Louçã acha que o PS está no caminho certo. Também acho.
posted by FNV on 3:52 da tarde
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DISPARATE: A incapacidade de nos suportarmos leva a uma procura desenfreada do outro, procura essa que acaba por se materializar nessa incorpórea fantasia que é o corpo dos outros, a sociedade. Já aqui escrevi, a abstracção que é a cultura saída do triunfo da civilização ocidental, enganou os homens: deu-lhes tudo o que precisam para sobreviver mas eles querem mais. Vem isto a propósito do adolescencial post-scriptum do Guerra e Pas, em que o sujeito diz ter realizado uma das fantasias das suas fases de auto-estima negativa, assistir ao seu próprio funeral.
Um blogue é um blogue. Como uma namorada é uma namorada, um cão um cão, uma tainha, uma tainha. Não somos através dos outros, como os outros não nos levam quando partem: continuamos a foder, a beber, a ler, a rir e a pensar. Continuamos.
Ter compreendido que a solidão é uma condição fundamental de se estar perante o outro, desobriga-nos. A denegação disto, encontramo-la no mito adolescencial da auto-suficiência, como na canção de Simon&Garfunkel, I am a rock, ou como destilam os psicólogos, na depressão do jovem.
Sem erro. Precisamos do outro na medida em que o procuramos, não na proporção da necessidade, por isso sobrevivemos ao luto, por isso, nos podemos unir. Um blogue é apenas um deserto: como Lawrence, encontrarás árabes que to expliquem.
CORRECÇÃO: O CVM, homem da TSF, e do Outro, Eu (link na coluna da direita), assegurou-me que a sua rádio, na 4ªfeira, 20 de Agosto, sempre que referiu, em todos os seus noticiários, o atentado de Bagdad, referiu igualmente o de Jerusalém. Eu tinha escrito sobre uma excepção, que afinal não existiu. E assim fica feita a correcção.
posted by FNV on 10:41 da tarde
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O BAIRRO DO IRAQUE: Bairro perigoso, na periferia da cidade, sem lei nem roque. Infestado de assassinos, violadores, torturadores, políticos corruptos, pedófilos e ladrões. Infernizam a vida dos restantes moradores do bairro, que são eliminados à generosa média de dez por dia. Consta que o gang dominante está comprador no mercado de armas, quem sabe, para atacar bairros vizinhos. O MAI pensa em intervir, sob a forte contestação dos membros do gang e da generalidade da opinião pública, sensibilizada pelos argumentos apresentados: "Meu, a gente aqui só limpa o sebo a gajos cá do bairro. O que é que o MAI quer, carago? Nunca matámos ninguém no centro da cidade!" Cansado de esperar pelos pareceres solicitados à Associação dos Comerciantes Com o Bairro e à Assembleia da Junta - controlada pelos inimigos políticos do Mayor - o MAI ocupa o Bairro do Iraque pela força das armas, desmantelando o gang dominante e libertando os restantes habitantes do seu jugo sanguinário. No entanto, enquanto dura a ocupação pelo MAI, vem a saber-se que alguns dos assassinos, violadores, torturadores, políticos corruptos, pedófilos e ladrões se encontram a monte, começando a ocorrer no centro da cidade diversos crimes directamente relacionados com a invasão do bairro e subsequente êxodo. Os habitantes do centro estão revoltados:
"Por que raio foi o MAI invadir aquele vespeiro? Malditos sejam! Agora vamos ter mais crime aqui no centro!"
"Então e as pessoas que lá (sobre)viviam?"
"Problema deles! Viviam lá, tinham que aguentar! Aquilo já não faz parte da cidade. É para lá da periferia. E todos os que lá vivem são escumalha."
"Mas, antes não havia crime aqui no centro?"
"Claro que havia. Sempre houve. Mas não eram estes bandidos. Eram outros."
posted by Neptuno on 3:50 da tarde
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ENTRE MUITAS: das barbaridades ditas após o duplo atentado, uma das mais canhestras é a que demonstra por A+B que o terrorrismo recrudesceu após a invasão do Iraque. José Goulão, especialista TSF(!) para o Médio-Oriente, afirma-o sem rebuço, como corolário do atestado de imbecilidade que passa à admnistração Bush. Claro que lhe passa pela cabeça que continuaria a existir terrorrismo depois da invasão norte-americana, como sempre houve, naquela zona, desde 1946: Israel foi invadido imediatamente a seguir à sua constituição como Estado. Claro que lhe passa pela cabeça que o 11 de Setembro foi em 2001.
Mas é o que acontece, quando pensando o que podemos, não dizemos o que queremos.
posted by FNV on 12:15 da tarde
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CLARO: O Abrupto (link na coluna respectiva) responde muito bem à questão do moderado, colocada pelo Terra do Nunca. Claríssimo.
O RESPEITINHO É MUITO BONITO: O Dr Pacheco Pereira, no seu Abrupto (link na coluna da direita), já tem fans, ventoinhas, em vez de fãs, e já é confundido com o Senhor. Posso às vezes entediar-me com o paternalismo e solenidade de JPP, mas acho que ele não merecia tanto. O episódio queirosiano do cocheiro seboso é n'A Capital, não é?
posted by FNV on 11:12 da tarde
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TANTO MAR: A blogosfera tende a mimetizar os media, ora esquecendo aqui, ora embalando acoli.Quando o país ardia, alguns intelectuais blasées rosnavam com os excessos dos directos e com a inexistência de mapas, balanços, números. Agitavam-se também com os vícios da mediatizada esfera: daqui a uns dias esquecem isto e correm outra vez atrás de novas no caso da pedofilia.
Mas agora que os mesmos halticídeos não esquecem, fazendo balanços, apresentando mapas e conclusões, que dizem os meninos? Que as hienas, à falta de carne fresca, voltam aos incêndios, masturbam as dores dos outros, breve, não largam o osso.
Pois é, a vida do povaço não tem interesse nenhum.
posted by FNV on 9:10 da tarde
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URGÊNCIA: Já chega de conversa sobre política nacional e internacional. Muito por aqui se tem escrito. Algumas coisas com as quais não concordo - partes dos posts sobre Responsabilidade e Política e o apelo ao voto em branco. Mas isso agora não interessa. Fica para mais tarde. Senti uma certa urgência em publicar isto.
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade, Até Amanhã
posted by NMP on 12:28 da tarde
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SER MODERADO (2): Ceder ao terrorismo, permitindo a manutenção de regimes que alimentam actos violentos é justamente impedir a afirmação de uma corrente de opinião moderada. E não se julgue que isto não tem nada que ver connosco. Como o 11 de Setembro provou, o mundo é hoje pequeno demais para acharmos que estamos imunes aos efeitos da ideologia de morte que se apoderou de largas franjas da cultura islâmica.
Claro que não se resolverão todos os problemas do mundo islâmico (e de outros mundos) de uma penada. Que os terroristas irão reagir. De forma cada vez mais irracional (como o atentado à ONU demonstra). Apostados na desestabilização, cenário do seu terreno mais favorável.
Mas a alternativa era pior. Seria demonstrar que as democracias são incapazes de reagir. Seria deixar o campo aberto a fundamentalistas e ditadores que são um perigo à escala global.
Para muita gente, no entanto, não é fácil apoiar os americanos. Uns porque não gostam de Bush (confundindo um político com toda uma nação e sociedade). Outros porque, pura e simplesmente, não gostam da América e dos valores da liberdade política, económica e cultural que representa (resquícios pré-queda do Muro de Berlim). Outros ainda, graças a um cinismo militante que desconfia de todos os actos e de todas as intenções.
O discurso artificialmente ingénuo e de auto-vitimização do post de JPH é, na prática, um claro representante desta última tendência. Não se preocupe: está muito mais acompanhado do que possa pensar.
posted by NMP on 12:13 da tarde
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SER MODERADO (1): No mesmo Glória Fácil, JPH escreveu um post intitulado "Luso-Papagaios" que não pode passar sem reparo. Podíamos adoptar a estratégia recíproca à dele: vitimizar-nos e proclamar que não alinhamos com a extrema-direita, que não reproduzimos chavões ou slogans, nem comemos criacinhas iraquianas ou afegãs ao pequeno-almoço. Mas não vamos por aí. Seria matar o debate. Interessa-nos sobretudo responder à pungente pergunta: Será possível ser um moderado ?
Eu sou um moderado (ou pelo menos gosto de me pensar assim). Tenho horror a radicalismos e a tipos cheios de certezas definitivas ou dúvidas cínicas. Mas ser moderado não é o mesmo que ser pacifista. Que recusar a pontual inevitabilidade da guerra.
E sobretudo a possibilidade de ser moderado deve ser pensada a nível global. Sim, é possível ser moderado em Portugal (e já agora, para sua informação, nos EUA e em Israel, mesmo apoiando a intervenção armada no Iraque). Será possível ser moderado no Iraque ? No Afeganistão ? Em todo o mundo árabe ? Eu penso que a maioria (forçosamente) silenciosa do mundo islâmico gostaria que sim.
Ora, como é possível ser moderado se se está submetido a ideologias fundamentalistas e a ditadores sem escrúpulos que usam a religião para seu proveito pessoal ?
posted by NMP on 12:13 da tarde
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SÓ ISSO: No dia em que as televisões mostrarem o que se passa nos minutos imediatos ao rebentamento de uma bomba num restaurante ou num autocarro. No dia em que a camâra continuar a filmar e a escutar o fumo, a massa encefálica escorregadiamente exposta, as tripas, pequenos pés do mesmo dono estranhamente afastados, os sexos insolentemente soltos, os cepos, os gemidos, o silêncio. Nesse dia as vítimas dos atentados já não serão tão parecidas com as de um acidente de viação ou de trabalho. Até lá, parecer-nos-á sempre mais vil uma carga do exército sobre guerrilheiros de rua, um tiro disparado por um soldado sobre um civil, numa rua esconsa: foram assassinados.
Mas um atentado não mata ninguém. Um atentado é uma identidade indeterminada, não tem farda nem bandeira, não tem rosto. Um atentado escapa à expiação da culpa, e ao nome do autor, o que todos fazemos desde que matamos Sócrates e Cristo. E existe sempre a complacência natural. E existe sempre a possibilidade disforme de o moldarmos como quisermos: é o que o Dr. Louçã faz quando diz que o terrorrismo da ETA é a resposta ao terrorrismo de Estado espanhol, ou já se esqueceram?
Um atentado é uma tentativa, que por acaso saíu bem. Só isso.
posted by FNV on 12:05 da tarde
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MARRANOS: Ou cristãos-novos. Que sentem a necessidade de demonstrar exacerbadamente o seu cristianismo perante os restantes como garantia da sua militância nas recém adquiridas convicções. É o que me ocorre perante o fel despejado por Ana Gomes hoje no Público. Tanta demagogia também devia ir para a fogueira. E incluir a pedofilia entre as responsabilidades deste Governo na imagem que o país passa para o exterior? Por favor...
posted by Neptuno on 11:55 da manhã
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PESSOAL/IMPESSOAL: Já aqui saudámos o Glória Fácil, composto por uma equipa de luxo de jornalistas dos dois diários generalistas de referência portugueses: o Público e o DN.
Esta equipa acaba de ser reforçada com a Ana Sá Lopes, o que eleva o nível deste team para um patamar estratosférico. Eu gosto da Ana Sá Lopes, apesar de não pertencer ao público-alvo das crónicas da Vanessa, que me parecem mais direccionadas para o público feminino e de muitas vezes não concordar com as suas análises.
Eu sei que há quem ache que a blogosfera deve ser impessoal. Eu não concordo. Por isso, apeteceu-me escrever isto. Saudações de boas vindas para ela.
posted by NMP on 11:09 da manhã
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RESPONSABILIDADE E POLÍTICA III: No seguimento dos contributos do nosso amigo e leitor André Soares, que saudamos, impõe-se manter a reflexão sobre este tema. Embora estejamos totalmente de acordo quanto ao diagnóstico, já no plano da "cura" levantam-se várias questões.
Para que o voto em branco seja solução e imponha a reforma do sistema, torna-se necessário fazer assimilar pela população essa relação directa causa-efeito entre o voto em branco e aquele significado. Caso assim não seja, penso que não será a melhor estratégia, entre outras, pelas seguintes razões:
1) o voto em branco é susceptível de instrumentalização ou aproveitamento político demagógico (por exemplo, ser convertido numa penalização do partido no poder no momento imediatamente anterior às eleições). Sendo o voto em branco - em abstracto - o voto de protesto que o próprio sistema admite contra si, na prática não deixa de ser um "presente envenenado", na medida em que pode ser ele próprio usado e convertido numa "arma de arremesso" na luta político-partidária;
2) olhando de fora para o trágico estado a que chegou o sistema político no que toca a representatividade, concordo que PS e PSD são igualmente culpados. Agora, dentro do sistema "alguns partidos são mais iguais que outros". Por outras palavras, não me agrada que o meu voto em branco acabe por se converter num voto favorável a uma força política que eu abomine. Terá que haver outra solução;
3) finalmente e dadas as condicionantes anteriores, não me parece que a maioria absoluta do voto em branco (assumindo que terá como consequência directa a reforma do sistema) aconteça em tempo útil - para mim e para o país.
Deste modo, sem pretender ser o dono da verdade e com total abertura a sugestões construtivas, parece-me que a melhor estratégia consistirá numa qualquer forma de associação que sensibilize e mobilize a sociedade civil e imponha na agenda o tema da reforma do sistema político. Esta estratégia leva em linha de conta o poder-não-tutelado-mas-instrumentalizável dos media, que será objecto de futuros posts.
posted by Neptuno on 2:07 da manhã
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HÁ COISAS, HÁ COISAS (2): Do nosso estimado leitor Coelho Francisco, recebemos o seguinte comentário:
Velhos Lobos do Mar,
Tenho ouvido, perplexo, as explicações mais extraordinárias para os atentados no Iraque e em Israel. Mas a ideia base de que nos tentam convencer, é de que a morte de americanos, ou de membros da ONU ou de crianças em Israel, é tudo a mesma coisa e que tem a mesma causa: os americanos.
Será, como alguns afirmam, que estas análises são fruto de chavões pré-concebidos, de falta de escrúpulos, ou de muita ignorância? Não, acho que não. São, fundamentalmente, consequência de um sectarismo ideológico ainda vigente, retrógrado e intelectualmente desonesto. Pegando no belíssimo post ASSIM de FNV, apetecia-me dizer-lhes para "mirarem o pratinho de barro vidrado" - como a senhora da vilazinha beirã - e perguntarem a si próprios o porquê das coisas.
Quanto a mim, como infelizmente não tenho a dimensão humana da senhora beirã, nem sou virtuoso e até já passei dos quarenta anos, resta-me o direito à indignação com um pouco de barulho. Respondendo à pergunta feita no AVIZ ao FJV, se era capaz de incluir o Dr. Mário Soares no grupo dos "idiotas úteis", eu diria: sim, definitivamente.
RESPONSABILIDADE POLÍTICA II (Réplica): O nosso atento leitor André Soares continua a sua discussão com Neptuno:
Caro Neptuno,
É essa facilidade em distinguir os “bons” governos do PSD dos “desastrosos” governos do PS que me desconcerta. Na minha opinião, são precisamente estes dois partidos que têm maiores responsabilidades no eternizar desta “democracia bafienta” em que vivemos. Não estão em causa medidas avulsas, que servem para “apagar fogos”, meramente casuísticas e tão prezadas pela voragem mediática. É justamente nesta voragem que se elegem governos e que outros caem em desgraça. Mas o problema é de fundo e passa por tópicos já referidos: ineficácia fiscal, lentidão e incerteza jurídica (ex: prescrições), desordenamento galopante do território, caciquismo local, cumplicidades políticas na administração pública, constante entrave à livre expressão e desenvolvimento da iniciativa individual e/ou privada (excessos de burocracia, compadrios, salamaleques excessivos, falta de promoção do mérito e da competência…), etc.
Mas isto já todos sabemos. O Estado funciona mal em muitos dos sectores que em que é obrigado a funcionar bem. E aí, nesse banho-maria em que vamos lentamente cozendo, a culpa é tanto do PS como do PSD. Não há ideias a longo prazo, não há reformas sensíveis, não há um projecto para o país.
Continua a existir o “tacho”, o “dá cá o meu”, o “primo do vizinho da cunhada do meu irmão”. Tudo está na mesma. É um problema de mentalidade. E enquanto os partidos se sentirem legitimados para continuar a perpetuar este sistema “ora agora mandas tu, ora agora mando eu”, continuarão a fazê-lo.
Reconheço que não há massa crítica, programa ou consistência suficiente fora destes dois partidos (leia-se nos outros partidos). Mas, tal como funcionam, eles não são bons, não servem. Já muita gente boa, competente, esclarecida e com ideias passou por PS e PSD. Muitos ainda por lá andam. Por alguma razão, não conseguem mudar a “mentalidade aparelhística”. Creio que são tragados pela “máquina”, pelas “bases”, pelos “militantes”… Porque, para serem coerentes, não podem ser populistas, consensuais, imediatistas…
O que me parece urgente é querer mais, exigir mais. Recuso-me a escolher o mal menor. Posso até admitir que este governo é melhor que o anterior, que por sua vez foi melhor que o outro e por aí fora. O que não admito é que, lentamente, Portugal seja um país cada vez menos agradável para se viver. Porque sou português e quero viver no meu País. E por isso voto em branco. É uma escolha, uma opção política clara. Pode ser que se revele ao País uma maioria absoluta de eleitores que não se revêem nos sucessivos governos. Gostava de ver os analistas do costume a comentarem uma maioria absoluta do voto em branco…
posted by NMP on 6:19 da tarde
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SÁTIRAS: Descobri-o ontem (graças ao Pedro Lomba). Estou maravilhado. A escrita satírica tem um novo ícone na blogosfera: o Umbigo.
posted by NMP on 5:20 da tarde
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RESPONSABILIDADE E POLÍTICA II: Já aqui escrevi sobre o facto deste Governo ter conseguido passar uma imagem de seriedade e credibilidade. E também sobre a necessidade de mostrar um corte radical com práticas passadas que, actualmente, passariam - no mínimo - pela demissão do Ministro da Administração Interna. Registo, com agrado, que alguma imprensa já se fartou de certos políticos "instantâneos" - é só juntar (i.e. meter) água - que poluem as cúpulas partidárias, verdadeiros sabujos sem qualquer utilidade para a causa pública. Lamento que essa mesma imprensa, tão célere a condenar este Governo - mesmo correndo o risco de abater a floresta por causa da árvore - não tenha estado tão atenta durante os seis anos de danosa governação (?) socialista, de cariz exclusivamente demagógico e populista que, curiosamente, com grande descaramento, destruiu os valores - pecuniários e éticos - da sociedade em que vivemos.
posted by Neptuno on 3:53 da tarde
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ASSINAMOS POR BAIXO: O post de hoje de JPP no Abrupto sobre a situação iraquiana. Contornando as limitações deste nosso meio, é claro, sucinto e diz aquilo que é preciso ser dito.
posted by NMP on 11:31 da manhã
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ASSIM: Ouço, pela noite dentro, na TSF, o ex-embaixador do Iraque na ONU a dizer que a culpa da morte de Vieira de Mello é da ocupação americana: se os americanos não estivessem lá, Mello não teria morrido.
Ainda não ouvi, outros cônsules, dizer o mesmo, ou talvez ouça. A lógica é irrebatível. A TSF, no mesmo noticiário das 2h da manhã, não referiu o atentado de Jerusalém. Seria interessante justapôr a lógica. Aqui, a culpa terá sido talvez do motorista do autocarro, ou das mães que deixaram os seus filhos fazer aquele branco trajecto. Ou talvez do próprio autocarro: se ele não existisse, a Jihad não teria lá posto a bomba.
Infelizmente, a caminho dos 40, ainda não estou em idade de indignações. O que já passei, o que já vi passar, e o que há-de vir, obriga-me a recolher caminho e a apanhar tojo. Sempre que a tentação me assalta, lembro-me de uma doente minha, a suplicante, que já velha viu morrer a filha única, e razão da sua vida, de cancro. Vive, ainda hoje, numa vilazinha beirã, onde se faz queijo e se come bacalhau, numa casa com um marido dentro. E vive, mirando o pratinho de barro vidrado que a filha, professora, trouxe de uma excursão a Mértola, perguntando porquê. Não deixa escapar uma sílaba de revolta, continua a aceitar Deus.
A indignação é um direito silencioso que só aos virtuosos é concedido exercer. Por isso não as ouvimos, as crianças de Jerusalém.
posted by FNV on 2:19 da manhã
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DESTINO: Quis o destino que Sérgio Vieira de Mello e demais funcionários da ONU vítimas do atentado de ontem em Bagdad - a quem presto a minha homenagem - viessem a morrer às mãos daqueles que a "comunidade internacional" corporizada na ONU quis proteger dos EUA, por força de interesses meramente políticos de certos países, mascarados por um infelizmente utópico "direito internacional".
Com todos os seus defeitos, é inegável o contributo da ONU para a paz no mundo, tendo o grande mérito de propiciar o diálogo entre nações desavindas e promover os bons ofícios da generalidade dos países para a resolução dos conflitos no planeta.
No entanto, há regimes ou organizações para quem a vida humana é algo meramente acessório e o mundo civilizado "a sua ostra". Para quem a ONU é apenas mais uma organização com sede em NY.
O regime iraquiano foi atacado por ser assim. Para que nem tudo seja em vão, não será possível um consenso internacional quanto à forma de lidar com esta gente?
HÁ COISAS, HÁ COISAS: Responde-me amávelmente o Francisco José Viegas, a propósito das inúteis declarações de Mário Soares, sobre o atentado de hoje em Bagdad, no seu AVIZ (link na respectiva coluna).
De facto, há coisas que me fazem lembrar um terrível aforisma de Nietzsche: Se não queres que a corda parta, roi-a primeiro.
posted by FNV on 10:48 da tarde
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DISPARATES: FNV já falou de Carlos Fino. Eu, em apenas uma hora, já ouvi vários analistas a dizerem que o atentado contra a ONU é sintoma de que os iraquianos "...afinal não receberam os americanos de braços abertos".
Esta gente insiste em confundir grupelhos violentos, fanáticos e assassinos com todo um povo. Em equiparar actos num cenário de grande pressão e violência aos que poderiam ocorrer numa sociedade livre e aberta. É o relativismo mais bacoco em todo o seu esplendor. A complacência com o Mal (como bem refere o Pedro).
A missão de Sérgio Vieira de Mello era a mais nobre (construir a paz). A organização que servia não é (como bem se provou nos tempos antes da guerra) uma manus longa dos americanos. Mas isso pouco interessa. Se fôr necessário aplicar o mesmo esquema mental dos fanáticos (que acham que ONU e América são a mesma coisa) para justificar a posteriori os preconceitos ideológicos e o anti-americanismo, aí vai disto.
É lamentável. É servir-se do injustificável para se auto-justificar.
posted by NMP on 9:29 da tarde
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A NÃO PERDER: Em premiere mundial o primeiro capítulo do próximo livro de Margarida Rebelo Pinto no Umbigo (obrigado ao Flor de Obsessão).
posted by NMP on 9:13 da tarde
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VOTO EM BRANCO: Do nosso leitor e amigo André Soares, a propósito do post Responsabilidade e Política de Neptuno sobre o caso Elisa/Cristovão, recebemos a seguinte opinião:
Concordando com a substância do post do Neptuno (Responsabilidade e Política), penso que ainda podemos fazer alguma coisa: votar em branco. Nunca me abstive em actos eleitorais, mas já há muitos que voto em branco. E anseio pela esmagadora vitória, com maioria absolutíssima, do voto em branco.
Pode ser que, nesse dia, os políticos e os partidos (o "aparelho", as "bases", os "militantes", ou lá como é que se chama a coisa), e todos os portugueses que não votam em branco porque são de um partido como são do Benfica ou do Sporting e por isso elegem as Marias Elisas e os Ribeiros Cristovãos, percebam que há um outro país que quer mais e melhor, quer saber em quem vota, quer justiça certa e rápida, quer uma máquina fiscal a funcionar, quer uma sociedade ÉTICA, que não olha para cartões rosa, laranja ou fucsia e trata os seus membros como qualquer Pátria (ou Mátria, para o efeito) que se preze trata os seus filhos, com respeito pela diferença e igual amor, fazendo tudo para que nada lhes falte.
Feita a revolução, consolidada a democracia, é necessária a sua regeneração. Se não é feita, é porque não lhe percebem a urgência. Se não a percebem, não merecem o meu voto. Por isso, voto em branco. Até à vitória.
posted by NMP on 9:04 da tarde
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CARLOS FINO: Atente-se na ciência do menino: o atentado que vitimou, entre outros, Vieira de Mello, explica-se porque os iraquianos pobres ressentem-se das condições de vida dos funcionários da ONU, que até têm ar condicionado. Lá vem portanto a inane tese que justifica o terrorismo pela pobreza. Lá vem, em directo, na RTP1, um suposto especialista que esteve lá, explicar a origem do mal. Assim se fazem, assim se contam.
posted by FNV on 8:49 da tarde
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LUTO: A morte de Sérgio Vieira de Mello deixa-nos de luto. Porque acompanhámos atentamente o extraordinário trabalho que desenvolveu em Timor. Essa experiência elevou o estatuto da ONU de mero fórum de discussão multilateral para o de uma entidade com provas dadas em processos de nation building. E esta é uma importante alteração. Uma herança do seu trabalho sério e honesto. Que irá definir o papel da ONU no futuro. Resta saber se os acontecimentos de hoje, com o seu desaparecimento, não foram uma machadada fatal nesta evolução.
Nesta hora importa, contudo, fazer notar mais uma vez que o fanatismo não vai em subtilezas. Este atentado tem a marca indelével dos feddayn de Saddam. Esses (para alguns) "heróis" que incendiaram poços de petróleo e atacaram o seu próprio povo. Que consideram que ONU e América é tudo o mesmo. Porque o que odeiam é a ideia de sociedade tolerante, democrática. Por isso para eles tanto faz que os seus alvos sejam organizações americanas, inglesas ou multilaterais. Era bom que os que se declaravam como defensores da ONU aqui há uns tempos meditassem nisso. Com o fanatismo violento não pode haver contemplações.
posted by NMP on 8:10 da tarde
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FERRO VELHO: Quanto mais ouço os argumentos prós e contra da suposta polémica Maggiolo, mais me lembro de uma feliz expressão do agora primeiro-ministro Durão Barroso na última campanha eleitoral: há muitas discussões em Portugal que estão condicionadas, limitadas e enviezadas por uma "sucata ideológica" que mata à nascença qualquer lucidez.
posted by NMP on 5:54 da tarde
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MAGGIOLO: Os funerais não devem ser nunca objecto de aproveitamento político. E este deveria ser tout court o único argumento aduzido contra o que se passou em Mação. No entanto, perante as declarações falaciosas de Ana Gomes e a histeria pueril do BE, gostaria de lembrar os traidores que, a soldo de uma potência estrangeira - entretanto falida e liquidada - chegaram a mandar neste país, bem como aqueles traidores que, ao serviço de outra pátria, entregaram as nossas (leia-se "portuguesas") armas aos movimentos comunistas das ex-colónias. Todos fizeram carreira, com muitas condecorações à mistura. Para quando o julgamento?
posted by Neptuno on 3:44 da tarde
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SERÁ QUE ME SAFO? Acabo de ver na TV a Drª Ana Gomes a relacionar as presenças do Dr Portas em discotecas de diversão nocturna(sic), e no funeral do Ten.Cor. Maggiolo Gouveia, como exemplo do seu estilo governativo. Deus me livre e guarde de algum dia aborrecer a senhora. Acho que um dia pisei uma formiga e no ano passado soltei dois palavrões à frente da minha tia-avó.
Mas ela não tem Guardas Vermelhos, pois não?
posted by FNV on 12:47 da manhã
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NOTAS DE UM DIA NO DIVÃ: Querem ser felizes, acreditam que têm um sonho, querem cumpri-lo. Uns querem mais dinheiro, ou um filho doutor, outros uma mulher mais activa sexualmente ou um grande amor, outras ainda, um peito mais rijo. E vão vivendo, como podem, raramente como poderiam. O que é curioso é que a vida lhes vai passando ao lado, com mais ou menos fluoxetina. Verem um filho a rir, acordarem sem cancro, ou chegarem vivos ao outro lado do mundo, não lhes diz nada. Aquilo que já têm, ou que que lhes foi oferecido pelo destino ou pela graça divina, não tem metade do valor do que aquilo que acreditam que lhes é devido.
Talvez tenham percebido mal a oferta. Nos últimos duzentos anos, no Ocidente, as necessidades básicas foram geralmente satisfeitas, as pessoas julgando assim que devem aspirar à satisfação de outro tipo de desejos. Ficámos moles e moleques. Não é por termos mais coisas, hoje, que deixamos de ser básicamente egoístas, dominadores e viciosos. O que se passa é que já não precisamos de cooperar para a obtenção de coisas básicas: a independência da pátria, o direito a férias pagas, a possibilidade de fornicarmos com quem quisermos. Viramo-nos para essa abstracção que é a sociedade, e julgamos que ela nos pode dar a única coisa que nos falta: sermos algo completamente diferente.
A ONU NO SEU MELHOR: Para os que em tempos de conlfitos armados vêem na ONU a fonte de todas as virtudes do mundo aqui fica esta notícia.
posted by NMP on 9:37 da tarde
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SEXO E A CIDADE: Um artigo para acalmar homens heterossexuais. Dos que ficam em pânico por pensar que as cenas e diálogos da série Sexo e a Cidade (actualmente em retransmissão no vibrante canal SIC Mulher) são um símbolo da decadência das relações entre os sexos. Ou dos que desconfiam da atracção das suas mulheres ou namoradas por aqueles 60 minutos semanais de aparente conversa de chacha e promoção da promiscuidade sexual.
Segundo este artigo da Spectator, apesar de numa primeira análise se poder pensar que a série promove a competitividade sexual e promove uma estética gay, a ideologia subliminar é conservadora. Por mais saltos de cama em cama que as protagonistas dêem, as suas aspirações íntimas são as de sempre: casar com um homem gentil e ter filhos. O resto é fruto da pressão da vida urbana moderna. Será ?
posted by NMP on 9:21 da tarde
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NOVOS CAMINHOS: A blogosfera trilha novos caminhos. Foram linkados na coluna da direita alguns blogues anteriormente saudados. E algumas novas e agradáveis descobertas. Como o Portugal e Arredores (sobre política nacional e internacional) e Aquele Outro (ensaios literários e afins).
O bom bordo, aquele para o qual a maioria dos lobos do mar se inclina, foi reforçado com a Nova Frente e um Faccioso (a sinceridade é sempre bonita de ver). No outro bordo, descobrimos um Abrangente (desconhecemos se Guterres style) e um cronista de que há muito tínhamos saudades, apesar das diferenças de opinião, Paulo Varela Gomes, que lançou o seu Cristovão de Moura. A escolha do título e a descrição do personagem inspirador dão conta de todo um programa e de escolhas ideológicas claras, como é preciso.
Por último, o Alfacinha, que se tornou visita diária, e o blogue mais variado, original e profundo da blogosfera lusa (o Pintainho) vão directos para a prateleira da Boa Onda. Onde terão a companhia da mais recente surpresa agradável da blogsfera, a Linha de Cabotagem.
posted by NMP on 8:07 da tarde
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RESPONSABILIDADE E POLÍTICA: A propósito dos recentes posts do nosso FNV sobre a novela dos deputados Elisa / Cristóvão, parece-me que o famigerado problema educacional deste país tem a sua principal origem na cultura de irresponsabilidade vigente, a qual foi alimentada e e fomentada pelos nossos políticos nos últimos vinte anos.
Esta "cultura" reflecte-se, entre outras coisas, na generalizada fuga ao fisco, em atropelos generalizados à lei na certeza da inexistência de uma justiça célere e eficaz e na forma como os portugueses encaram um contrato de trabalho sem termo - como uma reforma - e como os empresários encaram os seus trabalhadores - como os otários temporários que o vão ajudar a comprar um Ferrari...
Porquê responsabilizar os políticos?
Em primeiro lugar, porque nunca assumiram a justiça como uma prioridade, deixando que se degradasse ao ponto da moral actualmente vigente ser a do "crime não é roubar mas sim roubar e ser apanhado!"
Em segundo lugar, porque o exemplo (não) vem de cima. E, infelizmente, neste país, responsabilidade política é algo que não existe: quando fazem asneira, ou continuam "agarrados às cadeiras" como uma chiclete num sapato ou fogem a sete pés quando a bronca é incontrolável (PM's incluídos).
Em terceiro e mais importante, embora todos tenham a noção da falência do nosso sistema político no que toca à representatividade (com todos os inerentes problemas a jusante), nada é feito para mudar esta situação. Mais de 90% dos representantes dos portugueses não são sufragados pelos eleitores. Quantos portugueses é que conhecem os candidatos números dois e seguintes das listas distritais dos maiores partidos portugueses?
Talvez seja este o berço da irresponsabilidade que campeia na nossa sociedade: o (actual, note-se) parlamento. Com noventa por cento dos seus membros como meros algarismos, anonimamente escondidos atrás da cadeira, cujo único anseio é o de que a sua mediocridade lhes permita a discrição suficiente para não serem nunca responsabilizados por coisa alguma ou vítimas de sufrágio directo e que, a divina providência e o cacique partidário de que são tributários lhes conceda a graça da almejada reforma.
O resultado está à vista.
Atentas as consequências produzidas na sociedade em geral e atendendo ao facto de nada ser feito para mudar este status quo, a dúvida final consistirá em saber se a irresponsabilidade é uma consequência de determinada conduta política ou um instrumento ao seu serviço. É que, nada melhor para uma classe dirigente mediocre do que um eleitorado mediocre que lhe permita perpetuar-se no poder.
posted by Neptuno on 2:19 da tarde
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DE FACTO, UM MISTÉRIO: À argumentação que tende a caracterizar como demagógica, anti-parlamentar ou caceteira uma crítica razoável ao sistema parlamentar, junta-se a uma outra: a que defende que o episódio Maria Elisa/Ribeiro Cristóvão é um facto sem interesse, um detalhe. Mas como diz o outro, o Diabo está nos detalhes.
E está, de facto. O pai que se vira para trás dentro do carro, para ajeitar a criança na cadeirinha no preciso momento em que um camião desgovernado invade a sua faixa. No caso em discussão, há mais. Muitos analistas são habitualmente implacáveis quando entorses similares se produzem noutras áreas do espectáculo. Por exemplo, quando deputados confundem um jogo de futebol com trabalho partidário. Aí, bradam aos céus, retorcem-se de vergonha, suspiram pela pátria, dizem que de facto, já nada mais os pode espantar.
O problema não é a Srª Elisa ou o Sr Cristóvão, nem sequer, a memória futura dos eleitores de Castelo Branco. Para a próxima comem o Eusébio ou o Toy nas listas do distrito. Comem e calam. O problema é a pinderização de um processo, que precisamente porque já de si é mal estruturado, e verdade seja dita, denunciado por muitos analistas/políticos, deveria ser tratado com mais cuidado. Não é porque um homem adoece que lhe passamos a negar a sopa.
A TODO O PANO: Primeiro foram as férias. Depois imprevistos afazeres profissionais. Por último, o W32.Blaster. Foram estas as causas para uma menor actividade do comandante desta embarcação.
Entretanto, a tripulação está em excelente forma (saúde-se o retorno de FNV). Há vários links de novos blogues a actualizar. Novos e bons temas para comentar.
A partir de amanhã, o comandante estará novamente a full time. E o Mar Salgado retomará a sua navegação a todo o pano. Num monitor perto de si.
posted by NMP on 6:25 da tarde
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POLITESSE: "Q'un monarque gouverne des hommes ou des femmes, cela doit être indifférent pourvu qu'il soit obéi; mas dans une République il faut des hommes". Quem o escrevia era Rousseau, na Lettre a D'Alembert, porque entendia que a feminização dos costumes na Europa degradavam o homem e eclipsavam o seu estatuto de cidadão. Eu na blogosfera prefiro a feminização dos modos. Vejam (links na coluna respectiva) como a Bomba Inteligente lida com os ataques e insultos e comparem com com a violência desbragada em que a Formiga de Langton e o Alfacinha se envolveram (quem me alertou foi o Outro, Eu).
posted by FNV on 12:45 da tarde
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BOAS VINDAS: Ao Pedro Gorjão, na sua versão nacional. Até o lobo do mar P.C. o confundiu com outrém, Pedro Gorjão está também, a partir de agora, no Bloguitíca Nacional. Tenho de pedir ao comandante para operacionalizar o link na coluna respectiva.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.