Meu canto se renova
e recomeço a busca
dum país liberto
Duma vida limpa
e dum tempo justo
Enganar o nó com as palavras, ficam-nos sempre as palavras.
posted by PC on 6:13 da manhã
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"A MIM NINGUÉM ME CALA!" Um dos problemas de toda a gente escrever por todo o lado é que se nota que se escreve mal. Não me refiro apenas aos erros gramaticais, às frases desconexas, à deficiente conjugação de plurais e géneros mas também à utilização de expressões erradamente.
Uma das expressões erradas que mais tenho visto nos últimos dias é aquela que pretende dizer "Fulano calou os críticos", "Beltrano silenciou os críticos", ou, ainda mais adorável por desprovida de qualquer sentido, "Sicrano calou... as críticas"!
Para que nos entendamos, estas expressões (com excepção da última, que nunca tem a possibilidade de ser usada) só podem ser utilizadas naquelas situações em que o Fulano ou o Beltrano demonstram aos seus críticos, por A mais B, inelutavel e indiscutivelmente, que tinham razão na sua tese, teoria ou atitude, e esses críticos não. Nessa situação, em que o Fulano demonstra a bondade do que defendia, os seus críticos devem enfiar a viola no saco e calarem-se, podendo assim dizer-se que Fulano - geralmente um herói - calou os críticos.
Diferente situação é aquela em que a dura realidade dos factos e da vida vêm demonstrar clara e inequivocamente que os críticos eram quem tinha razão, apenas se tendo calado porque Fulano deu a mão à palmatória (condição não essencial) e seguiu os seus conselhos, afinal acertados e verdadeiros. Neste caso, não se pode nunca dizer que "Fulano calou os críticos". Poder-se-á dizer, porventura, que Fulano aceitou as críticas e seguiu-as, com êxito, mas nunca que calou os críticos.
A propósito do que em abstracto falo - e já que estamos em maré de futebol - poderíamos talvez concretizar a teoria recorrendo à nossa excelente selecção. Se bem repararmos no onze que nos tem maravilhado, o nº 5 é o 16, o 3 é o 14, o 8 é 18, o 10 é 20 e o 11 é o 17, quando até o 9 não é 21 ou 23. Esta amálgama de números - estranha num onze querido, pensado, pretendido e treinado - tem-nos dado as maiores alegrias que ultimamente tivemos (todos, e não só alguns) e muito provavelmente vai permitir-nos a maior de todas este fim-de-semana. Mas muito dificilmente nos possibilitará dizer que Fulano calou os críticos...
posted by VLX on 1:26 da manhã
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ELEIÇÕES OU NÃO, EIS A QUESTÃO: Saber se se devem realizar eleições ou não, é uma questão que juridicamente não oferece dúvidas: ao PR é que cabe decidir e o país possui normas constitucionais que permitem ao PR uma ou outra solução. A questão está em saber se o país precisa delas. Juridicamente não precisa, até porque muito possivelmente o partido mais votado apresentará uma solução (boa ou má não cabe aqui discutir) e provavelmente a coligação da maioria parlamentar apoiará essa solução. Poderão, portanto, realizar-se novas eleições, mas não é imperativo que tal aconteça.
Politicamente também não. A tese contrária justifica-as apenas com os resultados das recentes eleições europeias mas é abusiva qualquer extrapolação porque são eleições muito diferentes. E a questão da pessoalização do líder partidário numas eleições legislativas (para exigir novas eleições) não é sustentável numa discussão séria, tendo o contrário já acontecido na nossa História, mesmo que debaixo de chuva e pelo Natal. Aliás, basta recordar que até quando Jorge Sampaio resolveu abandonar a Câmara de Lisboa para tentar Belém, não se fizeram eleições para que João Soares assumisse sossegadamente, em clara sucessão, o apetecido cargo.
Mas eu acho que a situação actual do país implica que em primeiro lugar se vejam as coisas do ponto de vista económico e financeiro. O PR tem ouvido inúmeras personalidades, a maioria das quais do espectro político. Sugere-se ao PR que por uma vez - por uma só vez na vida - oiça antes os empresários do país.
É que grande parte dos políticos, provavelmente por ficar cega com os seus ódiozinhos de estimação, não percebe, não quer perceber ou não se interessa com as consequências negativas para economia do país que os seus impensados actos e exigências possam trazer.
Já entre os empresários sérios, entre os verdadeiros empresários que criam riqueza, que enriquecem a economia e o país, entre aqueles que certamente não estarão para perder tempo com o folclore de mais umas eleições que retardem a recuperação económica, nesse grupo completamente independente e preocupado apenas com a economia o PR não encontrará ninguém que queira eleições antecipadas. Por motivos evidentes que o PR, acaso esteja também preocupado com a economia e crescimento do país e não só com as querelas políticas e partidárias, deveria atender. Mesmo que fosse só por isso, o que já não é pouco.
ONDE ESTAVA? QUEM A ELEGEU? Acabo de ver na caixa mágica que Maria de Lurdes Pintassilgo se insurgiu à saída de Belém, clamando que a situação política actual era a mais grave desde 1974. Ocorre-me perguntar-lhe desde logo: onde estava em 74 e 75? E, em segundo lugar: quem a elegeu para a chefia do governo que liderou?
Por mais que procure na minha (confesso) fraca memória - e estou nisto já há doze minutos - não me recordo de Maria de Lurdes Pintassilgo ter ganho quaisquer eleições legislativas...
posted by VLX on 11:27 da tarde
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DURÃO DE ENGOLIR III: É curioso que muitos dos que agora condenam Durão por abrir uma crise política com a sua saída do Governo são os mesmos que clamavam pela sua demissão após a derrota nas eleições europeias. Até o insuspeito Presidente da República - que poderia convocar imediatamente eleições antecipadas - já se manifestou que se trata de uma situação prestigiante para o país, abrindo um processo de consultas para a sucessão de Durão, o que equivale na prática a uma moratória a Santana Lopes e aos possíveis efeitos da sua previsível nomeação como PM.
Já aqui escrevi que PSL como PM (isto assim é mais fácil...) é como jogar o futuro do país num casino. Ninguém sabe o que vale PSL como PM. Mas dificilmente será pior que Guterres. E a alternativa a Santana será Ferro!
Mas, agora que PSL é uma inevitabilidade (ou ele ou eleições antecipadas), os papéis começam a definir-se:
- o PSD terá que mostrar o auto-apregoado sentido de estado. Ou permite uma sucessão pacífica, ou então, poderão os seus barões torpedear PSL e entregar o poder à extremista, vetusta e retrógada esquerda que neste momento lidera (?) o PS;
- PSL, por sua vez, terá que mostrar "sinais exteriores de credibilidade", que não poderão ser outros que não as pessoas que consiga arregimentar para o acompanharem, tendo PSL a oportunidade única de crescer, politicamente falando;
Penso que o "compromisso" assumido por Sampaio para com Durão será exactamente esse. Poderá viabilizar um governo liderado por PSL se lhe merecer credibilidade quem o acompanha e quem, supostamente, o deve apoiar.
EXULTATE!: Esperam-se, a todo o momento, esfuziantes manifestações de regozijo com os resultados do plebiscito interno que confirmou o dr. Pedro Santana Lopes como líder do partido mais votado e, na actual circunstância, da direita portuguesa.
Já a seguir, neste blogue.
DURÃO DE ENGOLIR II: Torna-se cada vez mais evidente que, para certos egos nacionais, a nomeação de Durão é muito difícil de "engolir". Alguns por (de)formação política, outros por mera inveja ou ódio de estimação, tentam contornar o óbvio: de que se trata de um cargo que Durão não podia recusar e que acarreta um enorme prestígio para o país. Nem sequer serve o ridículo argumento de que se trata de um cargo que deve ser exercido com isenção e que, por isso mesmo, não tem tanta importância como isso, já que daí não resultarão benefícios directos para o país. Goste-se ou não, toda a gente sabe que os conhecimentos pessoais e as trocas de influências são o pão nosso de cada dia na política. Se a isenção total fosse uma regra sagrada, bastaria nomear um qualquer eurofuncionário de carreira. Acresce ainda a forma como a nomeação de Durão é desvalorizada. Apesar de sancionada pelos chefes de estado dos restantes países da união, parece que estão todos errados e que os nossos prima donas de trazer por casa é que têm razão.
Uma palavra ainda para o desfazamento entre a classe política, os comentadores políticos e a população. Ignora-se completamente o orgulho que é ter um português a presidir à Comissão Europeia, limitando-se os comentários aos aspectos negativos da saída de Durão. Como já ouvi dizer, melhor só se fosse convidado para presidente dos EUA... Talvez por isso mesmo as pessoas estejam mais preocupadas com o Portugal-Holanda.
Um dia, talvez ainda distante, a mola impulsionadora da sociedade portuguesa terá que deixar de ser a inveja.
ARGUMENTOS DE PESO: Freitas do Amaral, em carta aberta ao Presidente da República, publicada hoje no Público, pretende arrasar em duas penadas os argumentos daqueles que pudessem agora vir invocar o precedente da escolha de Pinto Balsemão para PM, em 1981, sem eleições. A situação então verificada, no entender de Freitas do Amaral, não tem nada a ver com a de hoje. Primeiro, tinha havido a morte violenta de Sá Carneiro e agora não houve qualquer morte violenta. Depois porque em 1981 tinha havido eleições legislativas há dois meses e agora as mesmas eleições já foram há dois anos. A importância dos argumentos do Professor para o que defende é de espantar. Imagino que só por esquecimento Freitas do Amaral tenha omitido os outros dois argumentos - não menos importantes - para sustentar a sua tese: na altura era época do Natal e chovia copiosamente.
posted by VLX on 6:39 da tarde
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (VIII): A indigitação de Santana Lopes para Primeiro Ministro fará com que a expressão "ter que engolir um sapo" deixe de estigmatizar exclusivamente os comunistas que um dia votaram em Soares.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 5:11 da tarde
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BARÕES:As armas e os barões assinalados... contando as espingardas para o inevitável congresso e inerente discussão de nomes e de lugares. Santana Lopes a PM seria como jogar o futuro próximo do país num casino, mas teria igualmente as suas vantagens.
Por um lado, acredito que haveria uma "vassourada" nos referidos barões do partido que nas últimas décadas se vêm perpetuando em cargos de nomeação política, sem benefício aparente para o país. Por outro lado, impediria o retrocesso civilizacional que constituiria a vitória do PS em eleições antecipadas e a nomeação de Ferro como PM. Mal refeito do coma da governação Guterres, ficava o país entregue a um Velho do Restelo (perdão, do Rato), que ainda vive na vetusta mundividência da luta antifascista (a qual merece o maior respeito mas que não serve a urgente necessidade de desenvolver o país neste século XXI).
posted by Neptuno on 4:54 da tarde
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (VII): A aceitação do cargo por Durão Barroso lembrará aos portugueses que, no actual momento da integração europeia,
as responsabilidades comunitárias prevalecem sobre os compromissos nacionais.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 4:27 da tarde
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (VI): A ida de Santana Lopes para São Bento desobrigará o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa de analisar as hipóteses relativas das candidaturas de Santana e Cavaco Silva a Belém, dando-lhe mais tempo para nos falar de livros.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 4:24 da tarde
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (V): A actual crise política vai obrigar Jorge Sampaio a tomar decisões.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 4:23 da tarde
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DE VOLTA AO PREC: As voltas que a democracia dá: voltámos às manif's. É fantástico! Tanto paleio democrático, tanto pedido cívico para se ir votar, tanta lágrima amarga pela abstenção e as pessoas - muitas com responsabilidades políticas e cívicas - ainda pensam que tudo se resolve numa contagem de espingardas através de ululantes e ruidosas manifestações. Espontâneas, claro. Pois eu julgava que manifestações espontâneas eram só aquelas dos populares que se amontoam morbidamente ao lado de um aparatoso acidente. Que só essas não precisavam de ser difundidas por sms...
posted by VLX on 12:36 da tarde
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (IV): A ascensão ao cargo de Primeiro Ministro por Santana Lopes trará fundadas esperanças a alguns autarcas que se notabilizaram também como dirigentes desportivos e comentadores de futebol.
Isso pode ser muito positivo para Fernando Seara.
posted by PC on 4:05 da manhã
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (III): A transferência de Paulo Portas para o Ministério dos Negócios Estrangeiros significará que não mais teremos de sofrer as imagens do actual Ministro da Defesa a passar revista às tropas.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 4:00 da manhã
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (II): A nomeação de Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia significa que não teremos de voltar a ver o seu ar compungido, na televisão, quando explica o congelamento dos salários. Santana Lopes dará certamente um ar mais gracioso à função.
Isso pode ser muito positivo.
posted by PC on 3:57 da manhã
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ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE (I): A crise política (com as devidas desculpas aos espíritos mais festivos, também neste blogue) já serviu para alguns comentadores (da blogosfera e de alhures) abrirem pela primeira vez a Constituição da sua República.
Isso pode ser muito positivo.
SERENIDADE: Agora que era preciso, o senhor Presidente da República ainda não apelou à nossa serenidade. Faço-o aqui. Para utilizar uma linguagem já utilizada neste blogue, a propósito de outros factos, é importante que a vida política portuguesa não bascule entre a canonização e a diabolização dos seus protagonistas.
A esquerda folclórica parece apostada em ajudar os que julgam combater com as suas atitudes irresponsáveis. Ainda acha que o poder se joga na rua. Muito mais manifestações e daqui a pouco o homem-que-não-pode-ser-Primeiro-Ministro-de-forma-alguma aparecerá inevitavelmente aos olhos dos portugueses como último garante da estabilidade e da ordem democráticas.
posted by NMP on 8:51 da tarde
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ENTRA PELOS OLHOS DENTRO: O poder de aceitar um novo Primeiro-Ministro está nas mãos do Presidente da República. Que aceitará um Primeiro-Ministro até final da legislatura (como eu espero) ou convocará eleições antecipadas (voltando o país à triste tradição de ser incapaz de ter parlamentos que completem uma legislatura).
Qualquer solução que seja definida sem um prévio congresso extraordinário electivo do PSD parecerá e será sempre politicamente coxa. Soará sempre como uma solução de "secretaria", aos olhos da esmagadora maioria dos portugueses que, como se sabe, não perde muito tempo com subtilezas de interpretação de doutrina constitucional ou de estatutos de partidos. Esta legitimação é necessária, caso o novo líder do PSD assuma a chefia do governo até final da legislatura (o que seria natural e desejável) ou caso o Presidente entenda convocar eleições antecipadas.
Esta é a única solução que, podendo assegurara a estabilidade política, é clarificadora, aberta e transparente. Parece-me tão óbvio que entendo que, seja para o Dr. Santana Lopes seja para outro possível líder do PSD e futuro Primeiro-Ministro, outra solução que não esta seria sempre politicamente diminuidora e um provável presente envenenado.
O PS não tem qualquer legitimidade para questionar este processo: em 2001 quando, assustado com o estado a que tinha conduzido o país, resolveu fugir, foi incapaz de indicar um nome ou de sugerir um processo para indicação de um nome para Primeiro-Ministro. Foi essa absoluta irresponsabilidade que levou à convocação de eleições legislativas com os resultados conhecidos e que ainda hoje legitimam a composição do actual parlamento.
posted by NMP on 7:32 da tarde
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O TRIUNFO DE UMA VISÃO DA EUROPA: A indicação de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia é um momento alto para Portugal. Assistir à nomeação de um português para o mais alto cargo europeu é um sinal de prestígoio para um país que, ainda não há muitos anos, era olhado pelos seus parceiros europeus como um país pouco sério.
É uma evolução que poderá permitir também ao mundo lusófono uma maior visibilidade enquanto bloco geo-político.
De um ponto de vista europeu, a nomeação de Durão Barroso é a garantia de que o aprofundamento da integração europeia não será feito sob a ideologia de uma Europa construída contra os Estados Unidos, como pretendiam muitos recém-convertidos ao processo da construção europeia. As credenciais atlantistas do nosso primeiro-ministro assim o garantem. Para quem como nós tem defendido a necsssidade da Europa não ser construída contra a América, estes desenvolvimentos são de saudar.
Por último, há uma dimensão de vitória pessoal que não pode deixar de ser registada. Sobretudo porque ocorre contra todas as previsões de analistas, comentadores e intelectuais que, ao longo da carreira política de Durão Barroso, se têm especializado em menosprezá-lo, com claras vantagens para si. É a vitória da tenacidade e determinação de um politico que nunca se deixou abalar pelas certezas alheias.
Deve ser também um momento de reflexão para os que, em muitos sítios (e também aqui neste blogue), baseiam as suas previsões e análises sobretudo em gostos e opiniões pessoais, camuflados sob a capa de elegantes e irónicos discursos que mal disfarçam alguma sobranceria intelectual. Resta o consolo de termos consciência que deste pecado ninguém está livre, a começar por nós.
posted by NMP on 5:02 da tarde
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O SISTEMA: Manuela Ferreira Leite já veio declarar que os votantes do Congresso do PSD escolheram a lista do Presidente do partido e não o número dois ou três da hierarquia e que, portanto, será necessário um novo congresso para escolher um novo líder.
Confesso que não conheço as regras de eleição dos dirigentes do PSD mas, este tipo de declarações só concorrem para uma constatação cada vez mais óbvia, de que a política se esvaziou de conteúdos e se converteu há muito num mero jogo de "caras e lugares". Transportando esta realidade (a ser verdadeira, do congresso do PSD) para as eleições nacionais, também podemos concluir pela absoluta inutilidade dos segundos, terceiros e demais elementos das listas partidárias que chegam a representantes da nação sem nunca terem sido directamente sufragados pelos eleitores.
Penso que esta é uma oportunidade de aferirmos se o PSD é um partido responsável e possuidor do tão auto-apregoado "sentido de estado", ou se é apenas mais um "saco de gatos" que obrigará à convocação de eleições antecipadas, a exemplo do que ocorreu aquando da fuga de Guterres.
posted by Neptuno on 4:21 da tarde
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DURÃO DE ENGOLIR: Para uma certa esquerda portuguesa torna-se difícil "engolir" Durão Barroso com Presidente da Comissão Europeia. Sobretudo depois de vários dos seus pseudo-candidatos nunca terem superado essa mesma condição de pseudo-candidatos.
Não nutro especial simpatia por Durão Barroso mas confesso ser motivo de contentamento que tão importante cargo fique nas mãos de um português. Da mesma forma que ficaria contente se o eleito fosse António Vitorino. Porque é bom para o país e porque o bem nacional desse sobrepor-se, entre outras coisas, a mesquinhos interesses partidários.
Não é realista esperar este comportamento por parte de todos, sobretudo, por parte daqueles que sempre nortearam ("lestearam?") o seu comportamento por outros interesses, que não o nacional.
CRUZES QUE TEMOS DE CARREGAR E LER: Um dos arguidos do chamado processo Casa Pia tem vindo a escrever num jornal de referência (Público) artigos sobre futebol e, por vezes, políticos. Acaso nos tenhamos esquecido, o aludido processo trata de crianças e jovens desprotegidas, que estavam à nossa guarda e que foram barbaramente maltratadas por indivíduos inconcebíveis e inqualificáveis. Os crimes em causa são abjectos, asquerosos, nojentos e, acaso alguém se tenha esquecido do que trata o processo, sugiro que pense e recorde a cara inocente do seu próprio filho, sobrinho ou amigo infantil, imagine a barbárie e depois reflicta no que sente. É evidente que da condição de arguido a condenado vai um passo muito grande e eu não sei se a pessoa em causa é ou não culpada ou - o que é muito diferente - se um dia virá ou não a ser condenada. Nem isso me interessa, para já. Entendo que quem está numa situação destas, o mínimo que devia fazer era assumir uma postura de decoro e de recato. Da pessoa em causa, já percebemos todos que decoro, recato e mesmo pudor são coisas que não tem nem quer ter. O que eu não percebo é como é que um jornal de categoria como é o Público obriga os seus leitores a depararem-se com este colunista. Não consigo perceber!
posted by VLX on 5:11 da tarde
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AS NORMAS QUE NOS REGEM: O que nos orienta e rege não é um conjunto de regras políticas mas sim jurídicas. Ora, do ponto de vista jurídico, inexiste qualquer norma - e por isso razão e fundamento - para que o PR convoque eleições para o parlamento, acaso o PSD apresente um nome para chefiar o governo que a coligação, maioria actual no parlamento, aceite.
E, em boa verdade, também não existem grandes razões políticas para realizar eleições. A esquerda quer e defende eleições fundamentalmente por dois motivos: o eventual futuro PM (qualque que ele seja) não foi eleito para o cargo e a esquerda portuguesa teve maior votação nas eleições europeias. Fracos motivos pois em lado nenhum está escrito que tenha de ser o líder do partido mais votado em eleições para o parlamento aquele que virá a ser designado ou indicado para PM; é costume ser assim, mas não há norma jurídica que obrigue a tal. O segundo motivo menor sustentabilidade tem pois confunde as coisas. O que a esquerda ganhou foram umas eleições europeias, não as legislativas. E não é com base numa vitória nas eleições europeias que pode aspirar a alterar ou a mudar o panorama da Assembleia da República. Era o que mais faltava! Uma coisa são as eleições europeias, outra as regionais, outra as autárquicas, outra as legislativas; cada uma tem a sua razão de ser e o seu tempo e não é porque uma força ganha umas determinadas eleições que pode vir exigir ao país novas eleições para poderes diferentes. Ganham-se as europeias, pedem-se as legislativas? Vencem-se as autárquicas, reclamam-se presidenciais? Porque é que a esquerda não se limita a jogar segundo as regras do jogo? Cada coisa no seu lugar e a seu tempo? Era isso que se esperava de partidos democráticos num estado de direito.
posted by VLX on 4:54 da tarde
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ATRASADÍSSIMO: Três blogues de que gosto completaram o primeiro aniversário. Três blogues que inventaram o seu lugar na blogosfera através da inteligência e da boa escrita. Três blogues pessoais. Ok, já adivinharam: o Retórica e Persuasão, o avatares de um desejo e o Terras do Nunca. Porfiai - e aquele abraço.
posted by PC on 3:17 da manhã
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O GOVERNO SEGUNDO SANTANA (PRIMEIRO ESQUISSO): Se o dr. Santana Lopes for nomeado Primeiro Ministro, é natural que queira formar governo com os seus mais próximos apoiantes. Um primeiro cenário da distribuição das pastas é este:
Ministro dos Negócios Estrangeiros: Paulo Portas.
Ministro das Finanças: Alberto João Jardim.
Ministro da Justiça: António Pires de Lima.
Ministro da Administração Interna: Valentim Loureiro.
Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Investigação Científica: José Luis Arnaut.
Ministro do Desporto: Paulo Catarro.
Ministra do Equipamento Social: D. Lili Caneças.
Ministra das Pescas: D. Celeste Russa.
Ministro da Economia: um dos irmãos Rocha.
Ministro da Iniciativa Privada: outro dos irmãos Rocha.
Ministra da Cultura: D. Wanda Stuart.
Ministro para a Coordenação dos Outros Ministros e para Presidir ao Conselho de Ministros: António Pinto Leite.
Aguardam-se a todo o momento novas atribuições.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.