1) Retomando a velha tese de Bourdieu - do campo - , os media, como os políticos, não podem dizer a verdade. A verdade, a fastidiosa e complexa verdade do direito, não vende: não encaixa nas peças de seis linhas dos tablóides nem nas aberturas dos telejornais. É possível que todo o Caso Freeport seja apenas um tour de force mediático-comercial. Convenhamos, os ingredientes estão lá todos: ricos, poderosos, família, políticos, dinheiro. So faltou o sexo.
2) É pateta pensar que as violações do segredo de justiça são ocasionais ou ejaculatórias. Elas fazem parte de um espectáculo, são activos valiosos do negócio. Não dependem de um desejo súbito de dinheiro ou de protagonismo. Elas estão para os media como os patrocinadores estão para os clubes de futebol. São o bacon, o bom e velho bacon dos jornalistas.
3) A pornográfica indiferença do sistema judicial face à violação do segredo de justiça ( um termo puxa o outro) é tão subversiva da democracia como um motim dos neonazis ou dos fascistas da esquerda radical. Essa indiferença é violenta e respira um certo jacobinismo - podemos mudar tudo isto através da acção política. Neste caso, da política da justiça. Pagaremos isto muito caro, mais tarde ou mais cedo.
posted by FNV on 1:10 da manhã
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CÂNDIDA ALMEIDA:
Discretas violações do segredo de justiça? Amontoado de contradições? Sede de protagonismo? Ou apenas eficaz táctica de investigação? - Depois da entrevista de Júlio Monteiro a Manuela Moura Guedes, na TVI, fico com dúvidas.
Há dias comecei a escrever sobre um assunto velho que não me interessava nada porque me irritou que um PM se defendesse com uma tese de cabala que só se poderia ter iniciado no MP. Achei indigno. Depois, segui o assunto e escrevi umas linhas porque me irritou que aqueles que cavalgaram coisas muito menores se indignassem por se falar do assunto (quando os próprios partidos da oposição se mantinham calados). Mais tarde, porque incongruências e contradições nos discursos me faziam arrepiar. Por fim, porque se discutiam assuntos completamente laterais que não interessavam para nada. No entretanto de todas estas coisas, porque uma ou outra me divertia.
Hoje, faço uma rápida passagem pelos jornais de sábado e já nada me diverte relativamente a este assunto. Anseio pela jornada futebolística.
posted by FNV on 8:57 da tarde
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RESUMINDO E CONCLUINDO:
A culpa é do MP, se bem li o texto do Vasco. Como noutros casos, mediáticos e apaixonantes, os cidadãos acabarão a discutir o estados de alma de polícias, magistrados e jornalistas. Inocentes e culpados assumirão o papel de meras notas de rodapé. Não se deve considerar feliz a cidade que olha apenas para determinada parte de si própria e não para todos os cidadãos ( Aristóteles VII, 9, 25)? Pois não, não deve.
posted by VLX on 12:59 da manhã
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MINISTROS DE GUTERRES ILIBADOS DO CASO FREEPORT!
Cândida Almeida, Directora do DCIAP, disse à RTP que o nome de Sócrates consta do processo mas que não está a ser investigado (http://publico.pt/): a magistrada (que entende serem suspeitos todos aqueles que poderão ter tido uma intervenção maior ou menor no sentido de influenciar a decisão) acredita que o nome de Sócrates só foi associado ao caso por ele ser Ministro do Ambiente. Os outros ministros de Guterres, embora não tivessem nada a ver com o assunto, o licenciamento ou a família, respiram finalmente de alívio! Em compensação, o país treme com a investigação do MP.
A CULPA DOS ATRASOS DAS INVESTIGAÇÕES É PORTUGUESA!
Cândida Almeida, Directora do DCIAP, disse à RTP que o caso Freeport revelou agora suspeitas de corrupção e tráfico de influências (http://tsf.sapo.pt/paginainicial/) mas que isso não se deve à recente iniciativa inglesa e sim, já desde 2005, à investigação portuguesa: o país treme com a investigação do MP.
NA INVESTIGAÇÃO FREEPORT, NADA DE NOVO!
Cândida Almeida, Directora do DCIAP, dá a entender que não há nada de novo na recente carta rogatória inglesa nem na investigação nacional. Fica por explicar o motivo da violência que é uma investigação efectuada num conceituado escritório de advogados. Antevejo responsabilidade civil. O país treme com a investigação do MP.
O PAÍS SÓ PODE TREMER COM A INVESTIGAÇÃO DO MP:
Cândida Almeida, Directora do DCIAP, diz também que é obrigação de todos relatarem ao MP situações potenciais de corrupção, dada a dificuldade em apurar este tipo de crimes. Acabo de ouvir que até António Costa, completamente insuspeito a todos os níveis, acha o mesmo e assim teria feito em situação semelhante (como aliás tenho defendido aqui que qualquer um faria). Sobre o facto de isso não ter sido feito na altura, Cândida Almeida, Directora do DCIAP, não se pronuncia. O país treme com a investigação do MP. O país só pode tremer.
Cândida Almeida disse, na RTP, que o novo impulso da investigação não partiu dos ingleses, o que confirma o que aqui escrevi há uns dias. E também repetiu que tudo teve início numa carta anónima que se perdeu na preguiça da subjectividade. Para completar o ramalhete lá tivémos de aturar o Magno - esse bogango falante- a sugerir que Sócrates parasse durante três meses. Talvez para jogar à cabra-cega. O que fica por explicar, depois de ouvir Cândida Almeida, é por que motivo a indolência da Judiciária do Montijo, os atrasos dos correios e as pausas para o chá dos polícias ingleses acabaram por criar em alguns jornalistas - e magistrados e inspectores - uma hiperactividade destas. Agora. Por outro lado, Lobo Xavier e Pacheco Pereira estão, na Quadratura, a fazer o tiro certo. A defesa política do PM é demasiado cerrada e unânime - o que sugere mais cálculo do que coração - e os laços familiares são independentes dos atrasos processuais: há fumo. Politicamente significa fogo certo.
posted by FNV on 10:10 da tarde
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COISAS QUE NÃO COMPREENDO II:
É evidente que a simpática, mas completamente inócua, nota da Procuradoria-Geral da República/DCIAP para a comunicação social, com cada letrinha minuciosamente escolhida, vale o que vale e o que vale é muito pouco (só o PM não o percebeu).
Mas, a interpretar a nota como o fez o PM, fica por explicar por que estranha razão se invade com tanto espalhafato a casa de um Tio, um Atelier de Arquitectos e, situação particularmente grave, um Escritório de Advogados!
Dizem que é natural, compreensível e desculpável que os Ministros queiram deixar obra feita e que, para isso, aprovem apressadamente determinado tipo de coisas no termo do exercício das suas funções.
Eu percebo que um Ministro queira deixar obra para mostrar a sua passagem por um Ministério. E admito até que na ânsia de deixar obra à vista um Ministro aprove projectos à pressa, atenta a franca possibilidade do seu Governo vir a ser corrido.
O que não consigo compreender é que a grande obra a deixar (nestas condições) por um Ministro do Ambiente seja um centro comercial, o maior outlet da Europa.
posted by FNV on 3:02 da manhã
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AGORA COISAS SÉRIAS: Parece existirem muitas queixas recentes sobre fugas relativas ao segredo de justiça. Deixando de lado a graça fácil de que essas queixas provêm dos mesmos que há bem pouco tempo quiseram acabar com o segredo de justiça, a existirem realmente essas fugas conviria apurar - sem esquecer os restantes inquéritos! - se elas não se deverão ao suposto simplex do sistema informático aplicado à Justiça pelo Ministério que a devia regulamentar decentemente e com segurança. Existem demasiados Magistrados Judiciais, do MP e advogados a advogar esta possibilidade e perigosidade para ela não dever ser considerada seriamente.
Tenho medo de me envolver. É medo do circo. É o medo dos malabaristas. Se a solidão é o oxigénio do silêncio ( Cocteau), este medo é um mergulho de profundidade. Estamos lá mas não vemos nada, somos corais envergonhados. Já estamos envolvidos quando dizemos deste medo. Pode-se falar da contradição, essa belle de jour, mas pode-se falar também das colónias. O outro já é nosso mas estamos só de passagem. Quando decidirmos que o clima é demasiado húmido voltamos para a metrópole. Os trapezistas só fingem ter medo para nós acreditarmos.
Tentando assim arrastar para o lamaçal Barroso e Sampaio, que ainda devem estar atarantados com a teoria desenvolvida por aqueles dois. Mas Paulo Rangel acaba de estraçalhar Freitas, politica e juridicamente, lendo nas câmaras da SIC páginas dos escritos jurídicos do Professor que contrariam o que ele próprio veio dizer em defesa do amigo. Uma cereja no topo do bolo que deve ter sido o dia de Rangel, passado a arrasar a patranha do Primeiro-Ministro a propósito do suposto estudo da OCDE.
Muitos apelam ao regresso do segredo de justiça. Praticamente os mesmos que estupidamente quiseram acabar com ele. Aguarda-se assim alteração legislativa nessa área e, conhecendo este governo, deverá ser publicada na véspera do Entrudo, por entre a concessão de zonas de caça e para entrar em vigor no dia seguinte. Também os mesmos que não vêm coincidências estranhas nas sucessivas trapalhadas que acompanham o percurso do Primeiro-Ministro, na singular rapidez com que os seus assuntos são despachados e arrumados, nas intervenções dos tios e primos, na omissão da denúncia ao MP de casos de polícia, querem arrumar na prateleira da estranha coincidência o facto da Justiça inglesa ter mandado acordar a portuguesa para fazer o seu trabalho, esse sim estranhamente interrompido em 2005.
E não há mesmo quem guarde a Guarda: essa Câmara Municipal veio em defesa do Primeiro-Ministro, sem contudo justificar a inusitada rapidez do deferimento de diversos processos de obra que lhe passaram pelas mãos. Realmente, à velocidade que os seus processos levam, é muito suspeito que a BT ainda não o tenha apanhado nos radares. Ele ainda vai passar a ser conhecido pelo "tipo das rapidinhas".
Na SIC-N, Bettencourt Resendes acusa a policia inglesa de tratar a possível implicação de Sócrates no caso Freeport com "ligeireza". Isto a propósito de uma carta rogatória que os bifes terão enviado para a Procuradoria e que amanhã estará escarrapachada na Visão. A Procuradoria é portuguesa. Tem gente que come caracóis e é do Benfica.
Isto significa que o José Pacheco Pereira vai acordar um dia com uma cabeça de cavalo na cama? E é o CAA que a vai lá pôr? Um conselho: não se dá facilmente com a Marmeleira e a estrada é má.
Pelo que tenho lido, estou numa posição desconfortável: os pró-Sócrates acusam-me de desvio populista, os anti-Sócrates dizem que sou , na melhor das hipóteses, um anjinho. O que eu sou é um tipo simples: uma república não pode ser governada pelos tipos que fazem as fotocópias nos tribunais e nas polícias nem pelos jornalistas que conhecem e pagam a esses tipos. Parafraseando o grande Almirante Pinheiro de Azevedo - o único candidato presidencial que fez campanha numa cama de hospital : não gosto de ser enrabado. É uma mania.
Leio no jornal o orgulho de uma animadora de TV cinquentona com os seus "novos seios". Parece que são "maiores". As mulheres são sempre intrigantes. Este ano, por exemplo, comunicaram umas com as outras através de um isótopo desconhecido e resolveram todas enfiar as calças dentro das botas. É de uma sincronia ao nível do Benfica de Eriksson. Voltemos aos seios. Uma mulher magra ganha sempre a uma gorducha: se forem ambas bonitas preferimos a versão menos avantajada, se forem ambas de fugir optamos pelo fardo mais leve. Seja como for, as mulheres costumam querer adelgaçar tudo excepto as partes ditas erógenas ( rabo, lábios e mamas). Deus deve ter tido uma trabalheira com Eva: põe daqui, tira dacoli, espreme isto, esvazia aquilo. Os homens são mais práticos...
posted by FNV on 11:56 da tarde
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MARIA BROWNE, SEMPRE:
Qual o fruto sazonado Que pesa em ramo vergado, E se desprende sem custo, Assim o corpo deixou, Assim a Deus entregou O espírito recto e justo.
( 1854)
posted by FNV on 9:04 da tarde
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E SE TIVESSE SIDO TUDO COMO DEVIA?
(tudo muito sintético e ficcionado. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Verdade, verdadinha)
(cena 1 - cenário: gabinete do Ministro, decorado em tons modernos. Ao fundo, três plasmas ligados, dois sintonizados em canais de notícias e um na Tardes da Júlia. À secretária, o ministro ronrona, acabado que está mais um Tetrix. O telefone toca, com toque antiquado falso — TRING, TRING —, o Ministro, estremunhado, atende)
- Tôoo?... - Está, rapaz? Tu és difícil de apanhar, pá, já deixei imensos recados em todo o lado e não me ligas nenhuma, pá. - Tio Júlio?... - Claro, pá, agora que és Ministro não ligas aos velhos, pá. Estás porreiro, pá? - Cá vamos, cá vamos, governar o país não é fácil, sabe? Isto dá muito trabalho... - Pois, pois... Tens é muita sorte. Olha lá, estou preocupado contigo. No outro dia falaram-me uns ingleses, que havia um licenciamento de uma coisa qualquer em Alcochete, um Outlet ou coisa assim... - Realmente anda para aí a telefonar o Presidente da Câmara de Alcochete a querer uma reunião... - E os tipos disseram-me que havia uns gajos que lhes pediram umas luvas de quatro milhões para garantir o licenciamento, pá. Quatro milhões, pá, os tipos estavam lixados. - Ó tio, mas que tenho eu a ver com isso? - Acorda, pá, o licenciamento é do teu Ministério, pá. Eu não tenho nada a ver com a tua vida, pá, mas achei que devias saber, pá. Anda malta a fingir que usa o teu nome, pá, ou então há nesse ministério gajos trafulhas, pá, corruptos, pá. E eu achei que te devia avisar, pá, que esta coisa ainda corre mal para ti, pá. - Ó tio, mas isso que me está a contar é gravíssimo, realmente. Temos de fazer alguma coisa, mande o homem vir ter comigo, passo a tratar eu deste assunto, mando vir o Presidente da Câmara, vai ser tudo resolvido.
(cena 2 - gabinete do Procurador-Geral da República, este ronrona e o telefone também)
- Tôoo?... - Senhor Procurador? Daqui é o Ministro do Ambiente, quero relatar-lhe esta situação assim-assado, fui informado desta coisa, considero-a grave, enlameia o meu Ministério, seja verdade ou mentira, há que investigar para ver se, na realidade, existe aqui alguém que, a troco de dinheiro, facilita aprovações de projectos ou se é tudo uma vigarice contra o desgraçado do inglês. Peço-lhe que inicie um inquérito e me auxilie. Conto receber o homem em causa, ver o que ele tem a dizer, e depois que os elementos da PJ e do MP que montem a armadilha que têm a montar para averiguar tudo. - Sim senhor, vou já mandar gente para aí.
(cena 3 - sala de reuniões no MA, decoração igualmente modernaça, umas plantas esquisitas nos cantos adornam o espaço. Acabados os cafés, os intervenientes na reunião fumam, bons tempos...)
- ... e assim, como eu dizia, caro Senhor Smith... - Pedro... - Sim, desculpe, disseram-me que era outra pessoa, fiquei com este nome na cabeça. Dizia então eu que o MA não está aqui para atrapalhar projectos, eles apenas têm de cumprir as normas legais, elas já lhe foram explicadas, já sabe quais são, os senhores devem alterar em conformidade o projecto e apresentá-lo a apreciação, seguindo o mesmo os trâmites normais. - Mas nós tínhamos alguma pressa... - Pois sim mas os projectos de licenciamento seguem todos as mesmas regras, aí não há volta a dar, tenho muita pena. Está terminada a reunião, fica só o Senhor Pedro, pois eu preciso de falar com consigo.
(instantes depois, já sozinhos na sala)
- Caro Senhor Pedro, há aqui uma exigência minha que para já fica entre nós. (pequeno período de silêncio para criar suspense) - O meu tio disse-me que os senhores se queixaram de lhes terem exigido quatro milhões para obterem este licenciamento, é verdade ou o meu tio é um mentiroso? - É verdade, é verdade, Senhor Ministro... ficámos indignados... - Então olhe: eu não admito isso relativamente ao meu Ministério, mesmo que seja especulação ou mentira. Não. Este Ministério é sério. E se há por aqui bandidos ou se lhe mentiram usando o meu Ministério, fazendo-lhe crer que a troco de dinheiro as coisas aqui se arranjavam, quero ver isto esclarecido. O senhor vai entrar nesta salinha, estão aqui estes senhores Procuradores e Inspectores da PJ, vai-lhes contar tudinho e vamos montar uma armadilha para apanhar esta malta. Aqui não, comigo não, em Portugal não.
(Ministro e Pedro saem de cena) FIM (o pano cai, o público aplaude de pé)
Bem... É claro que se tivesse sido assim, alguém hoje se preocuparia? E nós andaríamos entretidos com quê?
posted by VLX on 8:15 da tarde
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COISAS QUE NÃO COMPREENDO:
1) Por que carga de água há-de ir à televisão o Ministro da Presidência deste Governo para passar todo o tempo do programa de Mário Crespo a falar de um problema que não é seu, não é deste Governo nem daquele de que anteriormente fez parte, não é assunto de Estado mas, aparentemente, apenas uma questão pessoal do PM?
2) Se o na altura Ministro do Ambiente, como diz o tio, ficou tão escandalizado com a notícia de que se pediam luvas de quatro milhões para o licenciamento do Outlet, porque não remeteu então a informação para o Ministério Público?
É uma pena que o Bastonário da OA, com inteira razão por uma vez, mais uma vez estrague tudo com o estilo do seu discurso.
posted by VLX on 11:11 da manhã
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DO MEDO (VIII bis):
Tenho medo de te desiludir. Ainda. Penso nos pais, tristes porque a filha casou com um divorciado ( não muçulmano), ou porque o filho não entrou em medicina; ou em mim, com a preguiça do Pablo Aimar. Que raio de força é essa amigo/ que te põe de bem com o mundo e de mal contigo? O SG acerta no vinte. Se virmos bem as coisas, o problema é nosso. Rezamos a vida dos outros, traçamos-lhes destinos gloriosos e feitos inauditos. Fingimos que nos preocupamos mas a verdade é que só queremos saber de nós. A ilusão é a fiel depositária das nossas fraquezas e misérias. Os outros fazem-nos um manguito e, de caminho, um favor: volta para a tua vida. O Aimar não vale nada.
posted by FNV on 1:27 da tarde
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QUALIDADE DO AR
Concordo, meu querido Filipe, com quase tudo o que escreves a propósito da qualidade do ar, sempre assim considerei as coisas e entendo que os políticos sérios assim deveriam fazer. E defendo também a presunção de inocência. Acontece que largos sectores da esquerda portuguesa, de entre políticos, comentadores, jornalistas e bloguistas, por muito menos cavalgaram a onda em marés muito mais calmas, bandeirinhas verdinhas, mar chão e sem poluição alguma. No combate político, seria uma enorme desigualdade de armas, completamente injustificada, se um sector não comentasse uma situação que é, no mínimo, estranhíssima e repleta de coincidências inverosímeis, quando o lado de lá, por julgar sentir um leve cheiro a fritos, manda logo vir o livro de reclamações e reclama a intervenção da ASAE para fechar o tasco onde até se comia jeitosinho. Ora ou há moralidade ou comem todos, já dizia o sapateiro no filme. Acontece ainda, para agravar a situação da qualidade do ar, que, por onde passa o PM, o ar fica insalubre, nauseabundo. É uma chatice, pode ser um conjunto de coincidências irritante, um azar de Calimero, o que seja! Mas que o ar fica nauseabundo... fica. Daí que seja natural comentar o estranho odor e indagar de onde vem este cheiro - "quem foi?" -, e se justifique ainda que alguém vá fiscalizar a qualidade do ar. Talvez o próprio Ministério do Ambiente, dizem que às vezes é rapidinho...
posted by VLX on 12:58 da tarde
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NÃO ME PARECE:
Que seja um homem perigoso. O texto de JPP tem as costuras à mostra. O autor tem visibilidade a mais, escreve e diz o que pensa, não tem poder. Os homens perigosos pertencem a outra casta: aparecem pouco, escrevem e falam menos, podem muito.
Toda esta trapallhada Freeport - da qual se sabe pouco e nunca verdadeiramente se saberá muito - obriga a dar valor ao aço de Manuela Ferreira Leite. Bem sei que não há virgens e os séquitos não são puros, mas a modalidade recta e franca também deve ter a sua oportunidade na política portuguesa; e tenho memória, lembro-me do que fez o segredo de justiça - esse piolho putaneiro - a vários colegas de MFL nos governos de Cavaco Silva. Os que celebram hoje o regabofe do tal piolho putaneiro devem saber que amanhã esse mesmo parasita pode ser usado para picar quem eles defendem. Não aprecio uma sociedade governada por uma récua de magistrados e jornalistas. Não é democracia, é rumorocracia.
NEM NA FAMÍLIA…: A primeira triste conclusão a retirar é que não se pode confiar em ninguém, sequer na família. Já vai longe o caso daquele autarca sacrificado, que honradamente colocou no nome do pai todos os imóveis obtidos com o suor da sua própria labuta e o sentido do risco assumido, para virem os irmãos, à morte do pai, reivindicar a sua parte legal na herança. O outro, coitado, manda de táxi as parcas poupanças para o estrangeiro e o sobrinho estraga tudo. Houve um que deixou o guito na conta da mulher e, quando foi ver, não estava lá nenhum deles: guito, conta e mulher. Agora é um tio que apenas quis desinteressadamente ajudar uns bifes simpáticos e lá vem o filho reclamar batatinhas do encontro proporcionado com o primo, enquanto o pai se queixa de que os ditos bifes nunca lhe agradeceram (o quê, pergunta-se), nem sequer um ovo a cavalo. Realmente, hoje em dia os políticos não podem confiar em ninguém...
posted by VLX on 6:40 da tarde
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A QUEM DE DIREITO:
Tenho dois ou três clientes que também gostavam de ver os seus processos tratados de forma célere, devo falar com quem?
posted by VLX on 6:20 da tarde
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E SE O VISADO ESCLARECESSE TUDO (III)?
O que já é (muito) mais interessante é saber se é verdade que o processo relativo ao CasoFreeport esteve parado quatro anos no tribunal do Montijo. Se é verdade, interessa saber porquê: atraso endógeno ou demora exógena?
posted by FNV on 5:49 da tarde
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DEVE SER UM PROBLEMA DE FRONTEIRAS:
Leio na secção internacional do Expresso que na Islândia está a ganhar terreno um partido pró-Palestina. A Islândia também tem um partido neo-nazi com representação parlamentar: o Partido Liberal ( Frjálslyndiflokkurinn)
A creche chama-se País das Fábulas. O homem entrou e matou uma mulher e dois bebés. No dia em que aconteceu o que não se devia contar, os media procuravam conhecer os motivos do homem. Sim, os motivos, as razões da acção orientada. Talvez uma infância com poucos brinquedos, talvez uma ama desastrada. Tarda nada aparecem os psicólogos. Mais fábulas, mais coisas de contar.
posted by FNV on 5:05 da tarde
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FIM DA PRIMEIRA VOLTA:
Tudo está bem quando recomeça bem.
posted by VLX on 3:52 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
Falemos de regionalização. Um simbolo do regionalismo futebolístico, o sr. Pinto da Costa, disse, referindo-se aos benfiquistas: "São seis milhões da treta". E disse muito bem, o que prova que mesmo os dirigentes regionais sabem ver as coisas. A última contagem aponta para uma massa adepta de 21, 8 milhões. E é necessário compreender que o os timorenses não estão incluídos devido às dificuldades em efectuar um censo correcto.
posted by FNV on 12:51 da tarde
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PARA MELHOR, ESTÁ BEM ESTÁ BEM...
As pessoas que fazem "O Eixo do Mal", na SIC-N, estão muito preocupadas com a possibilidade de um 5º canal. "Para que precisamos de um 5º canal ?", exclamam em tom grave ( nada como assuntos de dinheiro para silenciar a boa disposição). Têm razão. Para pior já basta assim.
posted by FNV on 12:46 da manhã
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TEMPUS FUGIT:
Recordam-se certamente do slogan que o PS tinha preparado: " A força da mudança". Pois bem, os tempos mudaram e o slogan é agora muito infeliz. Se eu estivesse no PSD, e apoiando-me na imagem de MFL, trabalharia qualquer coisa em torno de "confiança" e "segurança" . Por exemplo, "Pode confiar", " Um caminho seguro", ou " Um rumo certo". Estes exemplos são esboços miseráveis que teriam de ser trabalhados pelos especialistas, mas o sumo está lá: opor a Sócrates uma ideia de porto de abrigo, de segurança, de "rede" nestes tempos difíceis e fugidios.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.