SONHO DE UMA NOITE DE OUTONO (com muito álcool): O PM discursa sem teleponto e, emocionado, agradece aos contribuintes portugueses o controlo do défice à custa do aumento da receita fiscal. Com a voz embargada afirma: "Rejubilem comigo! Afinal, cada ponto percentual do meu sucesso é uma parte da vossa (antiga) qualidade de vida."
posted by Neptuno on 3:51 da tarde
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A T-SHIRT DO "CHE": É, sem dúvida, o maior sucesso comercial comunista no mundo capitalista. Todos os restantes branqueamentos do mundo comunista ruíram com a queda do muro, mas a t-shirt do revolucionário romântico que lutava pelos "amanhãs que cantam" permanece um êxito. É provável que nem todos os miúdos saibam que se trata de um totalitarista sanguinário. Mas os pais sabem.
posted by Neptuno on 3:38 da tarde
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AUTORITARISMO!: Onde está aquela rapaziada de esquerda que há dez anos protestava nas ruas com fervor contra os tiques fascistas da governação de Cavaco? Tirando os "comunistas" que sobram, já só vejo Manuel Alegre. Os restantes devem estar bem instalados.
posted by Neptuno on 3:34 da tarde
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ESTÁ-LHES NO SANGUE:
O FCPorto entregou 10.000 euros a um árbitro que precisava de ajuda para pagar um problema de saúde do filho. Era uma burla, como podem constatar no sítio oficial do clube em: "Esclarecimento".
Adenda: Afinal piei cedo de mais. O tal árbitro está no activo e apitou recentemente dois BenficaxPorto. Adivinhem os resultados.
BUSINESS AS USUAL?: Qual é o limite mínimo da responsabilidade institucional de quem dirige os serviços de saúde pública? Leio no Diário de Coimbra que, no mês passado, uma bactéria invadiu o Hospital dos Covões e provocou infecções graves em cinco pessoas que foram operadas em determinado dia. Duas delas entraram para ser operadas às cataratas e saíram com um globo ocular a menos. O relatório da Comissão de Inquérito nomeada para inquirir (integrada, aliás, pelo director do Serviço de Oftalmologia e pelo enfermeiro-chefe do bloco operatório) já está concluído, e concluiu pela sua própria inconclusividade. Ora bem. Eu não me pergunto aqui pelas responsabilidades individuais (civis e / ou criminais), que derivam, obviamente, da lei, e que podem até não existir no caso. Mas pergunto-me pela responsabilidade "política", "objectiva" ou "institucional", de quem tem o dever de garantir que estas coisas não acontecem. Não retirar consequências das extracções dos olhos por força das infecções, e da "inconclusividade" do relatório da Comissão de Inquérito, significa admitir que este é um risco normal da actividade. É admitir que o acontecido pode, normalmente, voltar a acontecer, e continuar disposto a dirigir um serviço ou uma instituição nessas condições. Não é, portanto, uma questão moral, ou sequer jurídica: é um problema de saber em que grau civilizacional nos colocamos.
posted by FNV on 11:58 da tarde
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ODI ET AMO (XLII):
Estás diferente, já não te reconheço. Deixando os trocadilhos psicanalíticos de lado ( re-conhecer), a verdade é que a modificação é um agente político. A mudança no outro pode ser natural ( gelhas, estrias, calvície, desinteresse) ou jacobina: agora vejo as coisas assim, agora o mundo é assim. E desata a fazer novos amigos, muda de emprego, compra roupa nova. A mudança assusta-nos porque o amor é conservador. Não pode ser de outra forma. É uma trabalheira - pior do que escovar um cão - aceitar a mudança. Até porque é uma recusa: se eu gostava do que ele/ela era, por que raio mudou ele/ela? Ou: como raio vou agora gostar disto?
posted by FNV on 8:58 da tarde
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EXIGÊNCIAS DA VIDAS MODERNA:
posted by PC on 9:28 da tarde
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ODI ET AMO (XLI):
O que se aprende com velhos. Desdentados, diabéticos, recheados de artroses, analfabetos, vêm de longe. O que se aprende não é a "simplicidade encantadora" ou a receita de cozinha tradicional. Nem sequer a suposta sabedoria popular. O que se aprende é a resistência. Vivem rodeados de máquinas que não usam nem entendem, vivem com uma pensão que mal me chegaria para os robalos mensais, vivem com medo de sair à noite, vivem com a televisão. E, ainda assim, resistem. Aprendemos com estes velhos o que esperamos não ter de usar mais tarde.
Depois do Porto Canal, temos agora as russas Planeta e Vesti, e uma TV Bulgária. Tudo muito pitoresco mas não se percebe nada.
posted by FNV on 11:25 da tarde
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CECI TUERA CELA:
Como nas primeiras repúblicas, não há bons e maus apupos, e no PCP o ataque é sempre pessoal ( Zita Seabra). Assunto arrumado, é aguentar. Os sindicatos do PCP gritam: "Mentiroso!"? Basta o ginasticado dr. José Magalhães mandar organizar, em marcação cerrada, manifestações onde se gritará: "Valoroso!" O povo perceberá que tudo é encenado? Precisamente.
Uma das mentiras mais desmentidas pela história das drogas ( se excluirmos o fuzilamento dos drogados) é esta: "a tolerância gera o consumo". Assistimos hoje, em Portugal, a um retomar desta tese. O sucesso desta ladainha é, em certa medida, um açoite bem aplicado à ignorância e incompetência alegremente promovida pelos burocratas modernaços do SPTT/IDT ao longo destes anos. Só asim se explica que ideias que foram desmentidas pelos factos - como as do dr. Pinto Coelho - não suscitem o riso geral. Nos anos 80, Ronald Reagan e Nancy Reagan lançaram a última cruzada, apoiados no Parent's Movement: " Each of us has a responsability to be intolerant of drug use anywhere, any time, by anybody." Reagan nomeou um pediatra ( o dr. Ian Mac Donald) Drug Czar, numa mensagem infelizmente explícita. A redução da oferta era a linha mestra da política Reagan, isto numa altura em que os carteis colombianos se reorganizavam e os mexicanos assaltavam o pote. Enquanto Reagan representava, o pessoal da pesada trabalhava. O resultado foi o que se conhece: os EUA entraram na década de 90 com níveis históricos de consumo e de importação de cocaína. Se as intenções de Reagan eram boas e as do Parent's Movement talvez, o resultado foi desastroso. A redução da oferta - e consequente redução da procura - é um exercício combinado que exige condições muito especiais, como já aqui referi diversas vezes. Com os produtores lá fora e com um regime respeitador das liberdades civis lá dentro, os EUA contentaram-se com a retórica. Perderam tempo, atrasaram linhas de investigação e desleixaram o contra-ataque aos narcoprodutores. Só Clinton retomou mais tarde, com o Plan Colombia, a direcção certa.
Um sócio com lugar cativo tem de estar na bicha com os adeptos do clube visitante antes de se poder sentar no seu lugar. Um tipo vai ver os campeões nacionais e apanha com o FC Vizela. Um indivíduo aprende uma lição: os amigos são para as ocasiões ( quando se vem de viagem, quando se está cansado, etc).
posted by FNV on 11:27 da tarde
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PÔR-SE A JEITO:
Sócrates manda recolher as faixas de manifestantes hostis em Montemor. A RTP ( apesar da cruzada de Pacheco Pereira) mostra tudo. O PCP mexe-se. O Bloco de Esquerda está morto.
posted by FNV on 8:10 da tarde
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PORTUGAL: As crónicas de Vasco Pulido e Valente e de António Barreto no Público de hoje completam-se e são um fiel e actual retrato do país: a "confusão/fusão/corrupção" "Estado/bloco central" e a incompetência e o atraso que se escondem atrás de uma burocracia pesada e labiríntica, escudada em centenas de diplomas normativos e respectivas e inúmeras rectificações e revogações.
posted by Neptuno on 3:06 da tarde
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HOMEM DE MUITOS BARRETES:
Sá de Miranda cravou: "Boa cara, bom barrete e boas palavras, custam pouco e valem muito". O ex-ministro do Ambiente, José Sócrates, a discursar enquadrado num fundo Pescanova, inaugura uma aquacultura em Reserva Ecológica Nacional. Tinha razão Sá de Miranda.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.