Quando o PS e Carvalho da Silva se põem a defender que, lá na ideia deles, existiria a possibilidade de se cortar apenas um dos subsídios, eles, no fundo, estão a admitir a inevitabilidade de se terem de cortar os subsídios: não há outra leitura.
Ao fazê-lo, eles estão a admitir a derrota das suas ideias anteriores e a vitória de Sócrates e de Teixeira dos Santos, os tipos que nos conduziram a esta inevitabilidade de se ter de cortar (pelo menos um d’) os subsídios.
Se assim é, como é, então deviam colocar mais seriedade no debate político: o PS não se deveria apenas abster na discussão do orçamento, para o qual contribuiu largamente durante quase 15 anos de desgoverno, mas sim aprová-lo. E Carvalho da Silva não deveria andar a instigar por aí arruaças e greves que só prejudicam mais os trabalhadores.
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