LUZ ÚNICA: Afazeres profissionais fizeram-me madrugar. Eram 7 e picos e já andava a calcorrear as ruas de Lisboa. Como é bonita e tranquila a cidade a esta hora, antes do cafernaum do trânsito e do bulício urbano - este post serve sobretudo para poder usar a palavra cafernaum: transportava esta vontade indómita há alguns dias. Lembrei-me de um poema de Eugénio de Andrade chamado Lisboa e sobre a sua inconfundível luminosidade. Aqui fica,
Esta névoa sobre a cidade, o rio,
as gaivotas doutros dias, barcos, gente
apressada ou com o tempo todo para perder,
esta névoa onde comeca a luz de Lisboa,
rosa e limão sobre o Tejo, esta luz de água,
nada mais quero de degrau em degrau.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.