A NOVA ONU: Após a discussão sobre a guerra e o papel da ONU, eis como o Conselho de Segurança legitima o papel de administradores dos EUA e da Inglaterra no Iraque. O facto de a intervenção no Iraque ter sido efectuada sem o aval da ONU, mas a sua reconstrução passar agora a estar legitimada por esta resolução, terá fortes impactos na definição do papel futuro das Nações Unidas: menos um fórum com capacidade para impedir conflitos e mais uma agência vocacionada para a limitação de danos e tarefas de reconstrução.
Esta é a realidade, como as coisas são. É errado raciocinar, agir ou discutir como se as coisas não fossem o que são, mas como se pensa que deveriam ser. Os legalistas, formalistas e anti-americanos dirão que isto é uma machadada no direito internacional. É antes uma nova etapa das relações internacionais, a que Portugal terá necessariamente de se adaptar. A esta nova luz, a atitude do governo português em todo este processo foi sábia, prudente e prospectiva.
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