AO TRABALHO !: A reforma da legislação laboral tornou-se uma urgência, a pedir um consenso entre os maiores partidos políticos portugueses. À esquerda, pedia-se maior responsabilidade ao invés do habitual aproveitamento demagógico, tributário das conquistas marxistas-leninistas de Abril, tão caras aos actuais (leia-se: "obsoletos") dirigentes socialistas. Ao Governo, pedia-se um pouco mais de firmeza. Já que se dispuseram a dobrar o "Cabo das Tormentas" era bom que tivessem seguido em direcção "à India".
De qualquer modo, o que se lamenta é acabarmos nesta situação em que se torna necessário impôr via lei aquilo que deveria surgir naturalmente, caso os nossos dois maiores partidos políticos tivessem operado a necessária reforma das mentalidades: grossomodo, a do empresário manhoso e sem escrúpulos e a do trabalhador relapso, que encara um contrato de trabalho da mesma maneira que um alemão encara a reforma. E esta mentalidade, meus senhores, não muda por decreto...
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