DEU À COSTA: O acutilante texto que a seguir transcrevemos, do "nosso dedicado Alípio Barbuda", que desde já passa à categoria de "Orca de Estimação":
"Passaram despercebidos no exigente mar da blogosfera, dois faróis isolados em noite de nevoeiro, duas intervenções fundamentais para a credibilidade desse pilar do Estado que se perfila de olhos vendados, balança na mão esquerda e espada na mão direita. Quando o meu ânimo soçobrava perante a tragédia que passava intocada, eis que José Manuel Fernandes no Público me oferece, a mim e a uma réstea de Portugueses protectores da decência e compostura, nos oferece a Nós, uma réstea de esperança, pondo o dedo na ferida ignóbil e escarafunchosa da justiça. Oh senhores! mas que podemos nós esperar de uma justiça que se passeia de ''jeans'', casaco de ganga e sapatilhas?
Mas que cérebro pode formar juízos sensatos e correctos sem o andar tranquilo, recto e seguro que lhe conferem uns sapatinhos de verniz? E os ''jeans''! Oh senhores! E o casaco de ganga! Pois se não existe no Estatuto dos Juízes uma norma que os obrigue a ir almoçar de beca, pelo menos mantenham a decência de um fatinho! Pois é óbvio que o conforto e a qualidade de um bom fato se traduzirão em melhores e mais rápidas sentenças! Está resolvido o problema da justiça. O Conselho Superior de Magistratura que ordene a compra de fatos e sapatos de verniz, que eu e o Senhor JMF descansaremos na certeza de que podemos confiar na justiça!
Mas não só as vestes dos juízes! Também a iluminosa pena secundária das regras de reserva e decoro mínimo que se devem exigir a um arguido. JPP no seu Abrupto escreve (embora não lhe abonem as confessadas dúvidas) que Herman José não devia ter apresentado os ''Globos de Ouro''. Tudo, pois claro, em nome do decoro e reserva que um arguido se deve auto-impôr. Plenamente de acordo! Como pode a sociedade sobreviver com os seus arguidos em liberdade, e a exercer a sua profissão? Como pode, por exemplo, a sociedade permitir que um arguido se vista de uma forma que possa chamar a atenção, violando o seu dever de reserva? Como pode uma justiça eficaz não ter ainda aprovado o Código do Decoro e Reserva dos arguidos?
Mais e melhor roupa para os juízes e uma rápida codificação sobre o decoro e reserva dos arguidos, eis o que falta para, com os Senhores JMF e JPP, eu e muitos outros que temos a decência e compostura como lema, olharmos para a velha Deusa de espada na mão e gritarmos sem reservas:
''Dura Lex Sed Lex'!
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