ESPERANÇA: Israelitas e palestinianos com mediação americana estão reunidos em Aqaba, Jordânia com vista a um acordo global para implementação do célebre Roteiro para a Paz. Este documento foi de autoria conjunta de americanos, europeus, russos e Nações Unidas. Chegados à hora da verdade têm de ser os americanos a juntar as partes e a forçar o estabelecimento de um calendário para este plano. Vamos começar a assistir ao espectáculo acusatório da intelectualidade indígena e europeia, já descrito por Jean-François Revel: os americanos vão ser crucificados por cada passo neste processo que não correr bem, ou seja, mais uma vez culpados por não agirem e acusados de má fé quando se empenham.
O ambiente geral é de moderado optimismo e Bush aparece vestido de uma legitimidade reforçada, a de propagador de ideiais democráticos naquela área do Globo. Sem a operação no Iraque, ninguém o levaria agora a sério. Estou também convencido que a esmagadora maioria silenciosa das populações arábes tem um desejo igual ao nosso por liberdade, democracia e paz. E para isso os americanos são fundamentais e têm sido, há que reconhecê-lo, bastante generosos e empenhados.
Entretanto, os anti-americanos procuram microscopicamente qualquer facto que lhes garanta uma ínfima vitória moral ou política que seja. Treslêem entrevistas de Wolfowitz (ver Valete Fratres e Abrupto). Exigem impaciente e precipitadamente as provas da existência das armas de destruição maciça no Iraque. Continuam sem perceber e sem querer entender a alteração política que o 11 de Setembro e a 2ª Guerra do Golfo significaram. O que vale é que, enquanto eles se agarram a pequenos pedaços da realidade para justificar (nem que seja a posteriori) os seus preconceitos ideológicos, o mundo pula e avança. Tenhamos esperança.
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