FINALMENTE, PROGRESSO NA LUSA ATENAS!: Segundo as últimas notícias, existe um projecto para a construção de uma grande avenida entre a Av. Fernão de Magalhães e a Pç. 8 de Maio / R. da Sofia, rompendo a "Baixinha" pelo meio. Confesso que não é nada que não me tenha já ocorrido. Sempre que passo pela R. Direita e pelas ruas vizinhas, sinto uma tímida vergonha desses lugares bacocos e degradados e penso: "O que a gente precisava aqui era de uma grande avenida!". Sou, por isso, 100% a favor. Não se trata de destruir (termo caro aos passadistas impenitentes), mas sim de substituir um modelo de organização urbana por outro. Todavia, acho o projecto pouco arrojado. Não devia parar na Pç. 8 de Maio. Verdadeiramente moderno seria prolongar a dita avenida, transformando-a numa VCI, IC, ou outra sigla adequada, do modo que a seguir proponho: 1) Demolição da Igreja de Sta. Cruz (os túmulos de A. Henriques e do filho podiam ornamentar uma pequena estação de serviço a construir na berma); 2) Subida suave pela colina, aproveitando a vista panorâmica, em direcção ao Colégio dos Órfãos, que seria atravessado pelo meio; 3) Alargamento da Rua dos Coutinhos, sacrificando o Solar dos mesmos e o Palácio de Sub-Ripas (desculpa, Vasco, mas o progresso custa a todos); 4) Nova curva à esquerda e erradicação da Sé Velha, cujos perenes restauros custam muito ao erário público (além de que não lembra ao diabo ter duas Sés; guarde-se pois a mais nova); 5) Conversão da Faculdade de Farmácia em silo automóvel privativo da Associação Nacional dos Construtores Civis; 6) Enfim, junção da VCI, ou IC, ao Largo das Mamudas, mantendo, se possível, o Paço das Escolas: consumação física da tão desejada ligação entre a Universidade e as empresas da Cidade (Zara, CTT e o animadíssimo shopping D. Dinis). Num momento posterior, em que as mentalidades estejam mais maduras e receptivas à mudança, arrasamento dos Arcos do Jardim, Jardim Botânico (parcial) e Penedo da Saudade, substituídos por uma via de 10 faixas que ligará directamente a Av. Fernão de Magalhães ao grande monumento da Lusa Atenas (para os mais desatentos, o Euro Estádio), garantindo um acesso fácil dos 100.000 habitantes aos 35.000 lugares que os esperam.
Apelo ao Comandante NMP e a Neptuno que se juntem a esta campanha de modernização da Cidade que já foi deles, de forma a desfeitear o espírito malévolo (porém lúcido) da Brisa que a cognominou, na A1, de "Cidade Museu". Outros conimbricenses em diáspora podem dar o seu apoio enviando e-mails para o Mar Salgado com o texto "Também quero". Obrigados.
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