GRATUITO: No País Relativo (por PM e RB - tenho o prazer de conhecer este último pessoalmente) foi lançada uma diatribe gratuita contra JPP. O homem não precisa que o defendam, é bem crescidinho e sabe bem mais do que nós para precisar da nossa ajuda. Mas estamos perante uma flagrante injustiça. E sobretudo uma manifestação de desconforto com a concorrência.
É certo que somos da mesma área política, que eu milito no mesmo partido (praticamente sem actividade partidária) mas nem sequer o conheço pessoalmente. Num mês e picos de actividade, o Abrupto citou-nos uma ou duas vezes. Não temos com ele, portanto, nenhuma solidariedade especial (como muitos sabem, ser do mesmo partido muitas vezes apenas contribui para que haja menos solidariedade - neste caso, dada a minha reduzida actividade partidária, esse facto é absolutamente irrelevante). Assinámos o manifesto contra a notícia de Paulo Querido, não por ele destacar JPP, mas porque revelava uma total ignorância sobre o que se fazia no resto da blogosfera. O senhor nem se deve ter dado ao trabalho de a conhecer.
JPP tenta marcar a agenda ? Só se for a dele. Porque uma das coisas que caracteriza o estado actual da blogosfera é que não há agenda. Há uma atomização e cacofonia de assuntos desordenados e tratados livremente (pode ser que mude, mas para já estamos assim e esta tendência tem aumentado). Quem quer discutir as suas propostas fá-lo, quem não quer fala de outras coisas. E há cada vez mais coisas por aí para se comentar.
Tem uma pulsão totalitária porque tenta impôr como "...legítima a sua visão das divisões e para apresentar como natural o que resulta da sua construção..." ? Mas isso é o que o Mar Salgado faz, quando aqui se menciona uma notícia ou se expõe um argumento. O que os bloggers do Pais Relativo fazem. O que a Coluna Infame fazia e o que BdE faz. Somos todos pequenos Estalines ?
É óbvio que a entrada de JPP abalou este pequeno mundo. E que pode haver um natural sentimento de injustiça relativamente ao facto das atenções sobre a blogosfera resultarem em parte da sua presença. Isso era previsível: o establishment mediático (a que JPP pertence, por mais que o não admita) é preguiçoso, sofre de umbiguismo e amiguismo. Mas isto é a ordem das coisas e a responsabilidade por isso não pode ser atribuída a JPP. Ao estar na blogosfera apenas demonstra grande abertura de espírito e que está atento ao que de novo se passa. É bom para ele (senão não o fazia) e é bom para nós (temos mais gente interessante com quem discutir).
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