O CAMINHO DA PAZ: Há alguns dias escrevemos um post (intitulado Esperança, ver abaixo) manifestando esperança em que o conflito israelo-palestiniano tivesse finalmente um fim pacífico. A força política do George W. Bush pós-Iraque e o seu notório empenho fizeram-nos talvez ser ingénuos.
Este conflito está marcado há décadas por um jogo de sombras e de disfarces que não se termina de um dia para o outro. Ninguém, sentado à mesa das negociações diz precisamente aquilo que quer, mas sim aquilo que entende ser conveniente dizer para os seus interesses prórpios naquele momento.
A violência é usada como fonte de legitimação interna. Para Arafat como garantia do seu papel insubstituível - os atentados dos últimos dias são a prova de que, em última análise, é ele que tem o dedo no gatilho (por acção ou omissão) e que Abu Mazem ainda tem de trabalhar muito para consolidar o seu poder. Para Sharon é a caução do seu papel de protector dos judeus eternamente perseguidos. Não vai ser fácil ensinar às partes e forçá-las a percorrer o caminho da paz.
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