ORGULHO ESTRANHO: Evitamos discutir futebol. Porque desperta paixões exacerbadas e rapidamente descamba para argumentação irracional. Porque nos provoca sentimentos estranhos e às vezes inexplicáveis de um ponto de vista objectivo, frio e analítico.
Ora vejam bem. Gosto de futebol mas não sou nenhum doente. Não conheço o Carlos Queiroz de lado nenhum. Não tenho ligações ao mundo da bola. A evolução do seu percurso profissional é-me objectivamente indiferente. Vendo bem, não atrasa nem adianta nada na minha vida. Pensando friamente, não tenho nada que ver com isso.
Mas não sei porquê sinto hoje um orgulho patriótico pelo reconhecimento profissional que significa tornar-se treinador do Real Madrid, a melhor equipe de futebol do Mundo. Da mesma forma que me emociono irracionalmente com a carreira do Figo, do Rui Costa ou do Sérgio Conceição. É certo que também me orgulho do sucesso profissional de outros portugueses no estrangeiro. Mas num grau nada comparável aos sentimentos que o futebol provoca. Mesmo tendo lido a Tribo do Futebol de Desmond Morris, estes efeitos continuam a ser para mim inexplicáveis.
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