PARA ACABAR DE VEZ COM A POLÉMICA:FMS do Quinto dos Impérios (a quem retribuo o simpático abraço) discorda do meu temor, segundo ele infundado, de que uma das consequências de uma menção à herança cristã da Europa no Preâmbulo da Constituição Europeia seja a limitação de futuros alargamentos. Não vou repetir argumentos, até porque não me parece que estejamos em total desacordo. E, apesar de parecer o contrário, ainda não estou obcecado pela possível adesão da Turquia à UE, nem estou na folha de pagamentos da embaixada turca. Aliás, o meu post é mais um modesto complemento do artigo de JPP do que uma discordância, até porque falamos de questões diferentes (ele com brilhantismo e eu com esforço e denodo).
Apenas queria reafirmar que esta questão depende daquilo a que essa menção corresponder e como ela for introduzida. É que o respeito pelo cristianismo e a adesão à sua espiritualidade não me tolhem totalmente o espírito crítico relativamente ao poder temporal do Vaticano e dos grupos de pressão de inspiração cristã (neste último caso há de tudo, tolerantes, intolerantes, serenos e fanáticos). Refira-se apenas como um exemplo, e para não irmos muito longe, que tenho as maiores dúvidas quanto à inocência do papel do Vaticano no desmembramento da Jugoslávia e nos terríveis acontecimentos que se lhe seguiram. Se isto faz de mim um perigoso jacobino, assim seja.
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