BECKETT & RAUL BRANDÃO: O jornal Público distribuiu na passada semana o Húmus de Raul Brandão, que merece ser confrontado com a edição que a Assírio e Alvim publicou em 2002, de Beckett: O Inominável. Não são propriamente contemporâneos, o irlandês nasceu em 1906, Brandão em 1867, mas isso pouco importa.
O registo é o mesmo: angústia. As fontes, as de sempre: os outros, a vida moderna, o corpo. O pai tirano e a irmã invejosa, o dinheiro que não há ou falta de tempo, o cancro que nos ganha ou a simples celulite. Beckett e Brandão exemplificam bem a ascensão da esfera privada que Arendt vaticinou. Estamos moles.
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