HEBDOMADÁRIO DE BORDO II: No Expresso da semana passada, José António Saraiva volta a insistir na vocação atlântica de Portugal. De um ponto de vista, digamos, poético, a ideia tem genealogia, tem charme e tem futuro. Como opção estratégica já é mais duvidosa. Mas o que me importa aqui é o seguinte: JAS escreve como se a iniciativa "trágica" da integração europeia se devesse exclusivamente a Mário Soares. Ora, na altura, JAS já era crescidinho - e não me lembro de o ver criticar a dita iniciativa. Nem, aliás, da oposição política dos restantes partidos (à excepção do PCP; em 1985, Manuel Monteiro ainda vinha longe). Afinal, caro JAS, a Europa foi uma opção acertada de quase todos nós - ou uma opção "trágica" de um só homem?
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