LIBERAIS E LIVRES (POR MIM, THE END): Afinal, nem só a esquerda é dogmática e vive à sombra das autoridades. De toda a maneira, folgo em ver que concordamos no essencial, o NMP e eu (e também, segundo creio, o Gabriel Silva, do Cidadão Livre). O que me divide do meu Comandante são apenas os processos de intenção que me move quando escreve "esta posição de PC traduz apenas um anti-americanismo larvar, típico da esquerda europeia. Que se atribui uma coincidência com uma suposta tradição americana de liberdade e uma dissonância com o (neo-)conservadorismo". Será esta a famosa morte do autor, às mãos das palavras que escreve? Ou será que NMP vê larvas anti-americanas, não nas ideias expressas, mas na mão que lhes dá vida? Ou será tão-só um pequeno engulho no confortável vício de definir e arrumar os outros nas gavetas que temos? Seja como for, meto a viola no saco, antes que seja posto a ferros. Ainda assim, aconselho ao meu amigo NMP a compra de um humilde livrinho para as noites de calmaria: chama-se "Welcome to the desert of the real" (um doce a quem identificar a proveniência do título) e foi escrito pelo Sr. Slavoj Zizek depois do 11 de Setembro. Perante as referências citadas pode ser, no mínimo, refrescante. No mais, um abraço a toda a tripulação.
Obrigado ao Rui Curado Silva pela simpática referência à composição heterogénea do Mar Salgado; o artigo do Observer referido no meu post O Gulag de Guantanamo já tinha sido comentado, na véspera, pelo Paulo Gorjão, a quem agradeço o e-mail.
E por mim, agora, The End: fabuloso álbum de homenagem aos Joy Division, excelente para ouvir com uma bejeca na mão no fim do cansaço do dia.
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