MORTE: Não há na blogosfera nenhum sítio dedicado à morte. Curioso, com tanta variedade, esta deserção, mais que o tema é suficientemente deslizante. Poderiamos ler posts sobre os zombies do Haiti, os mortos-vivos, que mergulham num estado de paralisia e anestesia graças a várias substâncias, entre as quais as sementes da "concombre zombi", nome dado pelos haitianos á "datura stramonium", um alucinogéneo. Vermes como o bufo marinus e o peixe balão também induzem o mesmo estado semi-catatónico dos zombies. Os haitianos não têm medo dos zombies, têm medo de se tornar um.Quem não tem?
A morte é a representação humana que melhor nos faz compreender a relatividade dos conceitos de tempo. Quem (presente) não deixou já de ir a determinado sítio (futuro), porque costumava lá beber um café com o pai que já não tem (passado)?
Mas a blogosfera sente-se demasiado viva para dar importância à morte, e isso compreende-se. A morte não é assunto para meninos.
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