RETORNO:É o que se pede aos lobos do mar que procuram outras lonjuras nestes dias de estio. Ficaremos, assim, com Neptuno ao leme da incauta nau, oxalá não aportemos à ilha dos lotófagos. Os lobos do mar que agora partem obrigam-nos a pensar no velho tema do eterno retorno, tão caro a Nietzsche. Nunca verdadeiramente se regressa a lado nenhum, nem à amante desperdiçada, nem ao filho morto, muito menos a uma casa onde um dia nos sentimos bem. Quem regressa, já não é quem partiu (não é Ulisses?), o que nos acolhe já não é o que de nós se despediu. Só a nossa inquebrantável tonterie nos permite pensar o contrário.
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