24 HORAS DE DEMOCRACIA (III): b) Essa mesma desresponsabilização (a vermelho outra vez!) abriu uma auto-estrada para os media onde, em certos meios, impera, vertical e horizontalmente, uma sub-cultura de sarjeta, norteada pelo share, pelo lucro fácil e pela distribuição de uns rebuçados, doces mas baratos e de composição escatológica, a uma populaça tornada acéfala (juro que não plagiei o Silva Resende, a modesta réplica nacional do Ben Hur). E sabemos que os media, com a mesma eficácia, podem vender sabonetes ou presidentes da república (a prova está à vista...). E, um tal poder, permite esmagar figuras públicas com ou sem razão e, sem outro motivo que não as audiências, na certeza tranquila de que a ausência de uma penalização jurídica - ou outra – permite manter o dedo leve no gatilho. Na certeza também de que a figura atingida nunca recuperará totalmente a imagem de que desfrutava antes de ser alvejado.
Deixando o problema da instrumentalização dos media para outra ocasião (embora, no presente caso JPP/24 Horas, tal possa vir a revelar-se tão errado como deixar o bife para depois das batatas fritas) aguardo com curiosidade a reacção do visado.
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