MAU MARIA, que é como quem diz, não terei sido claro. Simpáticamente, a Maria José Oliveira, do Glória Fácil (link na coluna respectiva), reagiu a um texto no qual eu registava uma evidência: os jornalistas utilizam dois pesos e duas medidas quando se trata de enquadrar os dislates da extrema esquerda e da extrema direita. Não terei sido claro porque a descrição que fiz não se aplicava, como é evidente, à MJO, na sua Gazeta dos Blogues. Trocar a discussão das ideias pelo violento ataque pessoal, incluindo as características físicas, pelos insultos, pela linguagem de trolha evoluído e quejandos, são apanágio, na blogosfera, de muitos blogues da esquerda radical. Apenas registei a complacência com que são habitualmente brindados.
Não que isso me surpreenda. A MJO já viu alguma vez um filme de produtora pesada ( super-vendas, grandes actores, sabe?) que nos fizesse chorar sobre um dos muitos episódios repulsivos do estalinismo? A MJO já viu alguma série de TV daquelas para a família, sobre as chacinas de Pol-Pot ou de Ceausescu?
No Ocidente, a cultura popular, nunca verdadeiramente assimilou os crimes brutais cometidos em nome da utopia socialista. Esquadrinhou os erros no Vietname, a demência nazi, o folclore assassino do fascismo. E assim, no espírito e no corpo, vai ficando a ideia de que uns são/foram realmente maus, os outros apenas uns desgraçados que se enganaram no caminho.
Mas quero evitar à MJO o embaraço de me responder. Que título daria ela à sua Gazeta dos Blogues, no dia em que escrevesse sobre os blogues da dita esquerda que odeia todo aquele que pensa diferente? Propaganda Esquerdista? Propaganda estalinista?
Qualquer título que usasse soaria a falso. Por estas e por outras, é que a propaganda é um cão: só vem pelo nome.
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