VAMOS VER SE PERCEBI: O Dr. Pacheco Pereira, no seu Abrupto (por inépcia minha, link só disponível na coluna respectiva) explica que só escreve sobre o que quer, e que a mais inútil das notas é aquela que insta o outro a pronunciar-se sobre qualquer coisa, e que tira imediatamente conclusões morais, se o outro não se pronuncia.
Bom, eu não sei se JPP se estava a referir a uma nota minha sobre o seu silêncio quanto ao divertido episódio Maria Elisa/Ribeiro Cristóvão, porque não me cita. Mas como de facto, instei-o a pronunciar-se, enfio alegremente o barrete: se não era para mim, também me serve.
Este barrete não me parece ser no entanto, da mesma cor do que o que perdi. Isto porque ao desejar ouvir JPP sobre um tema, não interfiro em nada com a sua liberdade, e porque também não tirei conclusões morais rigorosamente nenhumas. Limitei-me a dizer que JPP, intrigantemente não se pronunciou sobre um episódio.
Resta que este episódio pertence a um cenário mais vasto, a saber, a descredibilização do Parlamento, cenário esse sobre o qual me habituei a ler com gosto, as opiniões de JPP.
Admito assim que foi JPP, na hipótese do barrete ser meu, quem tirou conclusões morais sobre mim, não enquanto anónimo blogger, mas enquanto tipo social. Acontece.
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