COIMBRA NÃO TEM NÚCLEO DURO!: No Núcleo Duro rola uma divertida discussão sobre Coimbra. Pelos textos, percebe-se que alguns dos enucleadores passaram por aqui. Grande parte do que lá se escreve é verdade. Só duas pequenas notas para alimentar a conversa:
1) Não sei qual era a Coimbra do DJ Carcaça há 20 anos. Mas lembro-me da minha - e era infinitamente melhor do que a de hoje. E não só por eu ter menos 20 anos.
2) Os enucleadores atribuem a quem vive em Coimbra as características de parolice, presunção, arrogância, hierarquismo da praxe e "provincianismo atavista" (não atávico, mas atavista, isto é, que desenvolve uma acção para ser atávico; o que, do ponto de vista lógico, me parece um contra-senso). Só que, aí, Coimbra deixa de ser um lugar físico para ser um topónimo simbólico. Um estado de espírito. Uma atitude. Coimbra, nesse sentido, está por todo o lado. E encontra-se com muita frequência naqueles que nasceram em cidades ou vilas ainda mais desinteressantes, passaram pela Universidade e finalmente cumpriram o seu sonho de viverem n'A Capital (do País, do Império, dos Negócios e de Tudo). São esses que aparecem por cá uma vez por ano, na Queima, fazem tristes figuras como se tivessem 20 anos e atiram com um ar blasé: "esta merda já não é o que era...", ou (é indiferente para o efeito) "esta merda continua na mesma...". Coimbrinhas de gema.
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