A INTERACTIVIDADE: No salgado mar é natural. Por isso, intrigado com o invulgar elogio do nosso P.C. ( ao arrepio de conversas antigas), a Miguel Sousa Tavares, fui espreitar o tal artigo.
Retive duas ideias. Uma consiste no desenterrar do sonho Karl Otto Apel e de outros da escola de Frankfurt, de uma sociedade transparente, atribuindo aos media os alicerces de um ideal-tipo romântico, herdeiro dos esquemas da Zivilisations-Kritik. O ideal de auto-transparência realizar-se-ia, suportado na emancipação das ciências sociais, desde que os media não se deixassem condicionar por ideologias, interesses particulares, etc. Mas como dizia Nietzsche, com os media, o mundo verdadeiro tornou-se finalmente numa fábula.Para MST e para o Prof. Boaventura, eleições são tremoços, pois se o voto mudasse alguma coisa, já tinha sido proibido. Restam as confabulações.
A segunda ideia, a bem dizer, é incompleta. Como MST não gosta da concentração dos media, pressuponho que defende a existência de jornais e televisões obrigadas a não se associarem a nenhum tubarão concentracionário. Quem as fundaria, quem aceitaria tais termos, isso não diz MST, nem o BE. O que interessa é que existam jornalistas com certificado de isenção, passado pelo Dr. Louçã e por MST, e libertos da ganga dos grandes grupos capitalistas.
Exceptuando a triste história dos media estatais, nunca vi tais aves. Mas MST, agora que é novamente rigoroso, como diz o nosso P.C., irá por certo elucidar-nos em breve.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.