ÓLARILOLÉ!"A Opus Gay não me merece qualquer crédito.". Fosse eu a escrever isto, e 25% da equipagem do salgado mar tentava atirar-me ao mar. No contexto mais vasto da blogosfera, acreditariam que tal dislate teria saído da pena de um qualquer fascista primevo ou de um putativo homofóbico inveterado. Mas não. Quem o disse ao Público de hoje, foi António Vitorino, do Bloco de Esquerda. Pelos vistos o SR.Serzedelo, chefe da Opus Gay, não anda a apreciar as tradicionais tácticas de golpes muito típicas dos trotskistas e eles respondem-lhe à letra. Segundo o Sr.Serzedelo, o Bloco de Esquerda quer controlar o movimento. E que movimento? O LGBT (Movimento Lésbico, Gay e Transexual) que irá participar no Forum Social Europeu, em Paris a 12 de Novembro.
Mas o que significará dizer que a Opus Gay não merece qualquer crédito? Significará que os seus dirigentes são afinal heterossexuais infiltrados? Significará que os gays e lésbicas que lá trabalham não são verdadeiros, de gema? Mas que raio será isto?
Pensando bem, sim, porque um heterossexual como eu, mero homossexual recalcado, também pensa, já vi este filme. Julgo que numa passeata qualquer, ocorrida em Lisboa há coisa de três meses, que pôs à batatada o BE, a CGTP, o PCP, o Prof. Boaventura e outros.
Caramba, que frenesim: deixem os gays, lésbicas e transexuais sossegados. Como eu costumava dizer a uma ex-doente minha, e agora minha amiga for ever, a Patrícia, finalmente lésbica assumida, ( se estiveres a ler isto, um beijo) com amigos destes, não precisam de inimigos.
P.S.: Porque é que "transexual" só tem um S, e heterossexual tem dois? Discriminação, ou foi um S que se perdeu no processo de transformação?
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