LEÕES: Telejornal da RTP2, Fátima C.Ferreira entrevista o presidente do Instituto da Conservação da Natureza. Motivo: dois pumas e um tigre morreram quando deveriam ter sido anestesiados, num zoo ilegal nos Açores, para posteriormente serem trazidos para Lisboa.
Entrevista é um eufemismo. Fátima faz uma pergunta, e mal o convidado começa a responder ela desmente-o e faz-lhe mais duas perguntas de rajada. O exercício, penoso, arrasta-se por mais 15 minutos, sempre no mesmo tom. Fátima, descobri, é uma perita em xilazina, em técnicas de neutralização de felinos, eu sei lá. Julgou, cruxificou e empalou o seu convidado, que recorde-se, tinha sido chamado para esclarecer o assunto. O que ele foi lá fazer foi outra coisa.
Em Angola e Moçambique, sobretudo no Cuando-Cubango e no Alto-Limpopo, respectivamente, havia duas formas de caçar leões: ou a salto, a mais desportiva, ou à espera. Nesta última forma, matava-se um cabrito-do-mato ou um inhacouze, e arrastava-se o bicho esventrado pelas redondezas do local da espera. O caçador, ou ficava numa mutala( espécie de palanque montado numa acácia, a 5 metros de altura) ou num abrigo de espinheiros. Aqui a doutrina divide-se, Henrique Galvão achava impossível existirem leões tão burros, José Pardal assevera que serviu de white hunter em muitas ocasiões similares.
O presidente do ICN deu razão a José Pardal.
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