MUITO CERTO: Já tenho recebido correio de pessoas que me dizem, "apesar de você ser de direita até concordo consigo". O que é curioso é que esse labéu não me foi apenso por escrever aqui (vg o caso do lobo do mar P.C.), mas pela natureza específica de alguns posts meus: aqueles chatos escritos em que eu insisto na memória e na denúncia das trevas em que os projectos socialistas-utópicos mergulharam o mundo.
Ou seja, eu nunca aqui teorizei, do ponto de vista da filosofia política, uma posição de direita. Mas, em passo acelerado, e servindo-me do carácter imediatamente identificatório de questões chave, posso fácilmente ser catalogado de esquerda. Vem isto a propósito de ter estado a ouvir o Dr. Louçã, na TSF, a clamar uma vez mais, contra a fuga ao fisco. Tem toda a razão. Como também votaria ao lado dele num referendo que despenalizasse o aborto e a cannabis. Como também sou favorável ao direito de casais homossexuais adoptarem crianças.
E agora? Serei um perigoso esquerdista ou apenas um pobre diabo com os pés bem assentes na terra? Não sei, mas sei que tenho uma aversão visceral a projectos que assentam em verdades históricas e auto-evidentes, sejam elas bíblicas ou revolucionárias. Por aqui se entra nesse albergue espanhol que é o liberalismo, e se comem umas tapas com Aron, Berlin, Sternhell, Arendt, Walzer, Steiner e outros amigos.
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