É BEM VERDADE: Muito boa a entrevista de António Pinto Ribeiro à TSF, no programa Pessoal e Transmissível, hoje. Uma pérola: a certa altura, dizia APR que sem dinheiro não há cultura, não há arte. Logo, lépido e azougado, Carlos Vaz Marques, o entrevistador, dispara: "dinheiro, público?" APR responde: não; dinheiro, apenas.
O que APR estava a tentar explicar era que sem dinheiro, sem riqueza, sem desenvolvimento, não há arte nem cultura. Por isso Cuba ou a União Soviética nunca produziram, sob a pata do regime, cultura ou arte que se suspeitasse sequer, isto apesar dos grandes investimentos públicos na área. Óbviamente que a riqueza de uma nação não depende só do investimento público, da máquina de distribuição de benesses admnistrativas. Como dizia Mathew Arnold, a paixão da cultura é pela luz e pela doçura. Só com dinheiros públicos, a cultura dá-se ao fastio das sombras amargas.
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