E SE PUDESSE SER DE OUTRO MODO? Tragédia num só acto, num pot-pourri de autores e personagens:
Cena 1:
( entra Teógnis)
Teógnis- Não, nunca atraiçoei um amigo e um companheiro fiel, nem na alma tenho algo próprio de escravo. Antifonte- A justiça consiste pois em não exceder as leis da pólis de que se é cidadão. O homem terá a maior vantagem em usar de legalidade, se é perante testemunhas que têm em conta a soberania das leis; mas, se está sózinho, sem testemunhas, em respeitar os ditames da natureza. Teógnis- Não me insultes, troçando levianamente de meus pais. Tu viste o dia de escravidão e a mim, mulher, embora muitas outras desgraças me oprimam, já que da pátria me exilei, não me atingiu a terrível escravidão. Antifonte- O que é da lei é acidente, o que é da natureza é necessidade: o que é da lei é estabelecido por convenção e não se reproduz por si mesmo; o que é da natureza produz-se por si e não resulta de uma convenção.
Cena 2:
(em casa de Menelau)
Tíndaro- Barbarizou-te o tempo passado entre os bárbaros. Menelau- É de um grego honrar sempre os do seu sangue. Tíndaro- Também o é não querer estar acima das leis. Menelau- Tudo o que é da obrigação é servidão para os sábios. Tíndaro- Age tu então desse modo; eu não o farei.
Cena 3:
(Lísias dirige-se, na Ecclesia, a todos os atenienses)
Lísias- Parece-me conveniente dizer que o processo não interessa somente aos acusados, mas à totalidade dos habitantes da cidade. É que não apenas estes, mas também todos os outros, possuem escravos que, ao ver a sorte dos acusados, não mais procurarão adquirir a liberdade pelos bons serviços para com os seus amos, mas denunciando-os caluniosamente.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.