FERNANDO NEGRÃO: Quando chegou à presidência do IDT, há cerca de um ano, proferiu uma série de aleivosias, matizadas por um discurso radical-proibicionista absolutamente desactualizado. Hoje ouço-o na TSF, e verifico com agrado que mudou, e muito. Julgo ter sido a primeira vez que um responsável destes envolveu na discussão o álcool. Nisto das intoxicações, ir ao terreno e estudar, ajuda de facto, muito. Aguardem-se os próximos tempos.
Não resisto a relatar isto: a certa altura Margarida Amarante pergunta a Negrão o que é para ele uma droga. Negrão, introdutóriamente, diz que o próprio corpo humano produz drogas. Margarida pede para não se entrar em discussões filosóficas. Mas Negrão falava de neuroquímica, falava do que hoje se chamam os opiáceos endógenos, falava de encefalinas, estaria talvez a pensar nas endorfinas. É uma discussão absolutamente essencial para se compreender a química das drogas e da dependência. Filosofia? Delicioso.
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