IMPÉRIO (último): Para o Terras do Nunca. A mim não me custa a concordar que as coisas deverão idealmente ser efectuadas de forma multilateral. Mas entre o ideal e o possível, muitas vezes há que escolher o possível. Sobretudo se as partes que tenta trazer para o seu lado têm contratos petrolíferos a assegurar. Contratos com um vil regime ditatorial, não com uma democracia musculada.
E a verdade é que independentemente do que se passou antes da guerra, o importante agora é estabilizar a situação. Podemos não ter apoiado a intervenção armada, mas devemos ter elasticidade mental para perceber que estas realidades são dinâmicas: que o que importa hoje é menos uma recriminação mútua sobre quem tinha ou não razão e sim a reconstrução. Foi aliás isso que levou à Resolução 1511 do Conselho de Segurança da ONU. E que levará os franceses e alemães a inevitavelmente participar no processo de reconstrução (aliás de forma bem barata, não dão dinheiro mas ganham alguns contratos, como é o caso da Siemens, mas adiante).
Por último e para encerrar esta polémica uma pequena dica. O nosso amigo jmf demonstra uma louvável tendência para a ecologia. Por isso aceite este conselho amigo: manifeste-se contra os americanos à vontade, mas nunca levante a sua verde voz contra os franceses. Quem sabe se os valentes gauleses (esses paladinos do direito internacional) não o mandam pelos ares, como fizeram ao barco e ocupantes do Rainbow Warrior da Greenpeace ?
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