MAIS UMA COMEMORAÇÃO: Desde o primeiro dia ela tem estado à proa desta nau. Agora recebeu o prémio Reína Sofia de Poesia. Como bem escreve Vasco Graça Moura: Nunca, como agora, precisámos tanto do banho lustral e purificador dos sons da sua lira de oiro e cristal, e dos fustes, dos frisos, das colunas, da justa proporção e da medida, do sonho e da água, do ar cor de safira e da luz que cintilam na sua palavra, atravessando-a e atravessando-nos para nos despoluírem a alma e para nos refundarem em dignidade. Para nós, lá vão mais umas garrafas de rum comemorativas, ao som das suas límpidas e cristalinas palavras:
O poema é
a liberdade
Um poema não se programa
porém a disciplina
-sílaba por sílaba-
o acompanha
Sílaba por sílaba
o poema emerge
-como se os deuses o dessem
o fazemos
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.