NÃO SOU EU, MAS SOU OUTRO: Do VLX, enquanto não recebe a carta de marinheiro e patrão de costa:
SUICÍDIO POLÍTICO I: Em pouco menos de seis meses, o PS criou para si (e defendeu) as teses da cabala, da urdidura e, agora, do assassinato político. "Querem assassinar politicamente Ferro Rodrigues e o PS", ouve-se frequentemente. Contudo, nunca foi individualizado o sujeito, não sabemos quem é o "assassino", finalidade lógica de todas as novelas policiais.
Os suspeitos do costume seriam, desde logo e obviamente, os seus adversários políticos. Acontece no entanto que quer o CDS/PP e o PPD/PSD, por um lado, quer a CDU e o BE, por outro, durante todo este tempo se recusaram a tecer grandes considerações sobre o assunto, remetendo-o para o foro judicial, onde ele estava e deveria estar. Não quero com isto dizer que eles não estejam a gozar o prato - estarão, muito provavelmente; não estão é a cavalgar a onda - como poderiam estar e até seria legítimo para alguns face à atitude do PS com situações bem menores. Têm preferido todos, antes, deixar o caso a quem dele incumba tratar.
Não se tratando dos suspeitos do costume, há no PS quem acuse a comunicação social ("parte dela" ou "certa comunicação social", como se costuma dizer à restante). Contudo, a comunicação social tem-se limitado a fazer o seu papel. Dir-se-á então que o faz a conta-gotas; mas isso é muito natural e próprio de quem quer vender jornais todos os dias (e não só num dos dias) ou ter notícias nos vários blocos noticiários. Poder-se-á acusar a comunicação social por não querer gastar todas as suas notícias num só dia? Parece-me que não. Aliás, ao PS tem sido dado tempo de antena suficiente para a defesa das suas posições: repare-se, a título de exemplo, que só nos noticiários da noite de segunda-feira, na SIC Notícias, para além do porta-voz do PS, apareceram a defendê-las Carlos Candal, João Soares e Narciso Miranda (que eu tenha visto). O "assassino" não é, assim, a comunicação social. (cont.)
VLX
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