O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA, cantava o Zeca. E eu aviso que não é importante não compreender uma ironia de um blogger, mesmo quando se trabalha num media que usa e abusa dela, e muito bem: nos extintos Freud&Maquiavel, e Grande Jùri, no registo intímo dos Sinais, e por aí fora.
Também não é importante que eu divirta alguém com textos sobre a perda, a morte e a organização da memória. Ou sobre a localização das prisões cubanas. Também é indiferente se os jornalistas me odeiam ou não, o que aliás não acredito: sou absolutamente insignificante para esse mundo. Também não interessa se gostam ou não de mim, sou absolutamente independente dos seus afectos: nada tenho que me possam tirar. Igualmente irrelevante é a acusação que me possam fazer, como a outros, que gosto de me meter com jornalistas: é a mesma coisa que um tipo que acha que um médico foi mal educado com ele, receber em troca o labéu de anti-médico. É irrelevante e idiota.
O que é importante, e por isso a malta tem de ser avisada, é quando o outro somos nós, ainda que a espaços, e ao de leve. Quando uma rádio, uma TV, ou um jornal, dão uma notícia falsa sobre alguém, quantos de nós temos acesso ao telemóvel do jornalista, moendo-o até que ele, com a mesma pompa com que disse a mentira, fale sobre a verdade? A blogosfera permite ao jornalista-blogger, aquilo que ele nem em sonhos, no seu terreno, permitiria ao blogger.
Quanto ao que falta avisar, estes meses de blogosfera demonstraram cruelmente uma singela evidência: o direito de resposta nos media, é, para além de uma fábula convenientemente mal contada, uma peleja tão proporcionada como um Real Madrid Vs Cascalheira FC. Andavam mal treinados.
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