O QUE NÓS TEMOS DE OUVIR: Constato, estupefacto, que Durão Barroso, em discurso proferido na Assembleia Nacional de Angola, entendeu por bem saudar os heróis da independência angolana e saudar todos os angolanos que lutaram para que Angola seja hoje uma nação independente, livre e empenhada em seguir a via da democracia e do desenvolvimento (sic).
Estou pasmo. Compreendo e admito que nas relações entre países, comerciais ou diplomáticas, por vezes se tenha de apertar as mãos a gente que nem sequer na rua cumprimentaríamos. Já esta saudação me parece completamente excessiva e desnecessária, para não falar nas naturais dificuldades em relacioná-la com a realidade efectiva.
Além do mais, é ofensiva para os nossos heróis nessa mesma guerra, que também os tivemos - e muitos -, e que invariavelmente nos esquecemos de saudar, até parecendo que temos alguma vergonha em fazê-lo. Bem como relativamente às vítimas inocentes.
Não era necessária, não se exigia nem se justificava semelhante atitude. Nem nos fica bem.
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