O ROCKET é a Kalashnikov dos tempos modernos. A arma da guerrilha urbana por excelência. Expulsou os americanos da Somália e a medir pelo que aconteceu ontem vai dar muito trabalho aos americanos no Iraque.
Só que desta vez o empenho e determinação são diferentes. Os americanos já não estão sozinhos: a resolução 1511 do Conselho de Segurança da ONU e a Conferência de Países Doadores para o Iraque em Madrid marcaram o envolvimento da comunidade internacional como um todo no processo de reconstrução iraquiano.
A partir de agora, com a caução da comunidade internacional nos orgãos próprios, seguindo os procedimentos do direito internacional estabelecido, a disputa está claramente marcada entre a civilização e a barbárie, entre progresso e violência, entre a democracia e a tirania.
O que está em causa é perceber se uma sociedade islâmica consegue (com maior ou menor dificuldade) construir um sistema político democrático, viver numa sociedade aberta e de mercado livre. Acreditamos que sim. Que a esmagadora maioria dos muçulmanos são moderados que não se revêem em discursos radicais de fundamentalistas ou de ditadores oportunistas e que apenas necessitam que lhes seja dada oportunidade de o exprimir livremente. E sobretudo, nesta questão não temos dúvidas sobre qual é o nosso lado.
Temo, no entanto, que alguns, inflamados pelo seu anti-americanismo primário, passem a glorificar o desaparecido Saddam e os algozes da Al-Qaeda como grandes combatentes da liberdade. Cá estaremos para assistir.
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