NÃO HÁ NADA P'RA NINGUÉM, cantava o Mário Mata, in illo tempore. Eu nisto das manifs dos estudantes, discordo do meu companheiro de rumo VLX: há malta que não só deveria ficar isenta de propinas como não deveria ir trabalhar para as obras. Tendo visto na TV as imagens de hoje, proponho os seguintes considerandos:
*O pessoal que de megafone de mão orienta a manada. Este pessoal tem muito mérito por vários motivos: grita que se farta, caminha às arrecuas, de frente para a manada, o que obriga a um dispêndio de calorias excessivo, pois que mobiliza os músculos antagonistas como o pequeno oblíquo, ( zona lateral do abdómen) ou o costureiro ( face lateral-posterior da coxa). Ainda por cima está sujeito ao stress dos condutieri, factor inegligenciável nos dias de anonimato que correm.
* o pessoal que segura as faixas de abertura das manifs: é pessoal muito focado pelos agentes do SIS, o que desde logo lhes deveria valer um subsídio de risco. Também lhes pode custar umas palmatoadas em casa, o que só abona em favor da sua coragem e abnegação ( se soubessem o que tal significa). O desgaste muscular deste pessoal, que percorre avenidas inteiras com os braços em supinação, a segurar as faixas, não é brincadeira: desgaste no grande palmar e no extensor comum dos dedos no que ao antebraço se refere, no coracobraquial e no vasto externo do tríceps, se falarmos dos braçinhos p.p. ditos.
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