NOTÍCIAS DO HIGH LIFE: Em dois dias seguidos (Sábado e Domingo), dois reconhecidos jornalistas/comentadores (José António Lima e Ana Sá Lopes) de dois conhecidos jornais (Expresso e Público) entenderam por bem criticar ferozmente o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa. Basicamente e em síntese, acusavam-no de arrogância, de ser provocador, ofensivo, de querer vergar o poder político ao do futebol ou ao seu poder pessoal e de incentivar o ódio. Caramba!... O homem é danado!
Fui ver o que justificava semelhante ataque. Parece que tudo se resumia a não ter convidado para a inauguração do novo Estádio do Dragão o Presidente da CM do Porto, Rui Rio - embora convidasse para «duplas e festivas cerimónias» os Deputados à AR que foram a Sevilha -, e a não convidar para o mesmo evento o Presidente da AR, João Bosco de Mota Amaral.
Só num país pequeno em que, para os jornalistas, tudo se resume ao poder político e ao (chamado) do futebol é que isto pode ser notícia e merecer comentários, quando na verdade o assunto não merece a menor relevância e não difere daquilo que nós, pobres mortais, fazemos diariamente: convidamos umas pessoas para nossa casa e não convidamos outras, sem que isso possa constituir qualquer ofensa para essas últimas. Trata-se de uma crise de socialite aguda e nem é verosímil que tenha afectado o injustamente visado, Mota Amaral.
Na verdade, não é crível que uma personalidade da categoria de João Bosco de Mota Amaral ande por aí a queixar-se por não ter sido convidado para a inauguração de um estádio de futebol, por muito importante e bonito que seja. Não consta sequer que goste de futebol ou que tenha sido convidado ou tenha estado presente na inauguração dos estádios de Coimbra, Guimarães, Alvalade ou até do Benfica. Porquê então, agora, se levanta esta questão?
Por outro lado, para quem critica constantemente (e nos próprios artigos atrás referidos) a ligação - inexplicavelmente (e ofensivamente) perigosa - entre futebol e política, percebe-se mal que se incomode pela falta de convite ao Presidente da AR. Trata-se da simples inauguração de um estádio, que diabo!, não obriga a regras protocolares rígidas ou a que se tenha de convidar as diferentes autoridades, o Presidente do Tribunal Constitucional, do Supremo, da Relação do Porto, o próprio Procurador-Geral, o líder da oposição, sei lá eu que mais! Era até ridículo!
O facto de alegadamente não ter sido convidado o Presidente da AR não é, por isso, nenhum caso, nenhum problema, não constitui nem pretende constituir qualquer ofensa e até o próprio Dr. João Bosco da Mota Amaral, pessoa que já demonstrou, ao longo da sua vida pública, estar muito acima deste tipo mesquinho de tricas e coscuvilhices, deve andar envergonhadíssimo com tudo isto.
(cont.)
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.