POPULISMO: Há dias fizemos referência a uma entrevista a Alain Minc, publicada no suplemento Actual da mais recente edição do Expresso. Entre outras reflexões, Minc perguntava se o populismo tinha entrado em cena em Portugal. E afirmava que "Quando cada um se demite e as instituições desaparecem, os governantes estão perante algo de indefinível que é justamente a "opinião pública". (...) Daí o medo, porque se trata de um jogo sem regras. Como se os governantes andassem num quarto escuro... A partir desse momento perdem o pé, deixam de agir. Com isso provocam reacções antipolíticas e acentuam o populismo." Penso que este discurso assenta que nem uma luva ao (des)governo Guterres, de má memória. Foi o "reinado" da (ou, melhor, para a) opinião pública, do populismo fácil e nem sequer faltou a demissão de facto do governante antes do fim do mandato, confirmando a demissão das suas reponsabilidades anteriormente ocorrida.
O problema é que o "populismo Guterres" criou escola no PS (e mesmo fora do PS como acontece com Ana Gomes que, curiosamente, foi entretanto recrutada). Perante o atentado contra as tropas italianas no Iraque, Ferro logo se apressou a sugerir um adiamento da partida da GNR! Não há firmeza nas decisões ou políticas. Se sentem que a "opinião pública" buzina à esquerda, chegam-se para a direita e vice-versa. Ana Gomes também já assimilou este estilo demagogo, quando aproveitou a boleia dada pela GNR aos jornalistas que se dirigiam para o Iraque para responsabilizar o governo pela (in)segurança desses mesmos jornalistas!
Deve ser isto o tal "populismo" que, obviamente, não apresenta quaisquer vantagens para o país mas apenas benefícios pessoais para quem o "cavalga".
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