PROPINAS III: Repito o que disse anteriormente: e passarmos a pagar apenas aos que o mereçam.
Sim, que eu não sou contra o ensino superior público, pago parcialmente pelos contribuintes. É fundamental para qualquer país. Pago de bom grado impostos para isso. E pago muitos. Admitindo academicamente que eu só trabalho 20 ou 22 dias por mês como o comum dos mortais (o que não é verdade), os primeiros 9 ou 10 dias de trabalho, praticamente as duas primeiras semanas do meu mês de trabalho são para pagar impostos. Só ao fim desse tempo é que começo a ter dinheiro meu para pagar as sopas lá de casa.
Considero até natural que assim tenha de ser, que eu contribua para que eu próprio, os meus e os outros tenham estradas, saúde, educação e outras coisas mais que o Estado nos proporciona através do dinheiro dos impostos que lhe entregamos todos os meses com o nosso trabalho.
O que não quero é que após esse meu esforço não se façam boas estradas, não se tratem os doentes ou não haja educação. Concretizando, e no caso que nos preocupa, não quero que o dinheiro suado que entrego mensalmente ao Estado através dos impostos sirva para que alguns auto-denominados estudantes do ensino superior público andem impunemente 7, 8 ou 9 anos a passearem-se pelas Faculdades, a divertirem-se nas manifestações e demais reivindicações ao invés de andarem a estudar que é para isso que eu lhes pago. Eu, os restantes contribuintes e os seus paizinhos (que pagam a parte mais pequena do curso, é certo, mas pagam!).
Ora, se isto me preocupa a mim, a verdade é que deveria preocupar ainda mais o bom estudante e o estudante, digamos, razoável. Isto deveria ser a maior preocupação dos estudantes que concluem os cursos nos anos devidos ou com um (vá lá, dois...) anos de atraso, como explicarei de seguida.
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