SETE MINUTOS DE BOA EDUCAÇÃO NO PRIMEIRO MUNDO: António Fagundes levou uma ensaboadela de civilização em Portugal, onde apresenta a sua peça teatral "Sete Minutos". E já leva o que contar, quando regressar ao terceiro mundo de onde veio. Não é que o incauto fechou as portas do teatro à hora do início da peça, não deixando ninguém entrar para lá dessa hora? Que audácia! Não só afrontou costumes de atraso bem sedimentados na vipalhada alfacinha bem como desassossegou as pacatas gentes do Porto, que obrigaram o artista a escapar pelas traseiras do teatro auxiliado pela polícia de choque, que impediu a educada turba portuense de mostrar a Fagundes "com quantos paus se faz uma canoa."
Sendo estrangeiro, Fagundes ainda não percebeu que este país idolatra a doutrina do atraso. Do físico ao mental. E que quem não alinha nessa doutrina ainda é objecto de chacota por parte da maioria retardada militante.
Felizmente que ainda há tugas que fazem frente a estes estrangeiros com a mania que têm maneiras, tratando-os à antiga, como merecem: na ponta do sapato!
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.