EXPLICANDO MELHOR: O nosso NMP tem razão ao atribuir à captura de Saddam um sopro d'alma bem necessário nestes tempos de sucessos duvidosos na campanha iraquiana. Não ignoro também a sua importância em sede de acting-out político. Mas, e sem cair no previsível argumento de que a captura não significa a pacificação do território, a minha preocupação é outra.
Saddam vivo e livre poderia sempre ser responsabilizado por atentados, mortes e instabilidade. Era, digamos, um inimigo apetecido, que desaparecendo de cena, obriga os EUA a encontrar outros patifes e outras responsabilidades. Se os EUA aplicarem, como Teodore Roosevelt fez no início do século XX na zona do Canal do Panamá, a doutrina Monroe em versão musculada, tal implicará uma estabilização prolongada da zona. Essa estabilização dependerá mais da substância do que do espectáculo. E um bandido preso, por bom que seja, é apenas um bandido preso.
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