O EMPURRÃO: A campanha de Howard Dean recebeu, esta terça-feira, um enorme empurrão com o apoio explícito de Al Gore à sua nomeação como candidato do Partido Demcrata à Presidência americana. Gore justificou este apoio por Dean ter sido o único dos candidatos favoritos à nomeação democrata a não apoiar a intervenção americana no Iraque (Gore chamou-lhe "um erro trágico").
O establishment do Partido Democrata e os clintonites começam agora a ficar em pânico com a perspectiva de ter um candidato que apela aos valores mais esquerdistas e pacifistas do Partido. A sua grande aposta parece ser Wesley Clark, que no entanto não consegue descolar nas sondagens feitas dentro do partido (é mais popular entre a população em geral do que junto das bases do Partido Democrata).
Aos poucos a corrida de nove candidatos parece resumir-se a duas ou três hipóteses - Dean, Clark e Gephardt - com Lieberman, Kerry e John Edwards à espera de algum incidente ou escorregadela que os beneficie.
P.S. - Durante as próximas semanas, até ao final de Janeiro (início das eleições primárias democratas), irei publicando algumas análises sobre os candidatos à Presidência americana e sobre o processo eleitoral. Pode ser que, pelo menos, contribua para acabar com algumas ideias feitas. Como a de que ninguém vota na América ou a ideia que a democracia americana é de menor qualidade que as restantes - se alguma diferença existe para com a Europa é precisamente a maior intensidade e profundidade com que é vivida.
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