PARA SE TER VOZ NÃO BASTA CHAMARMO-NOS ASSIM: Algumas pessoas dizem-me que devia responder a alguns debates, quanto mais não seja para não se pensar que fujo à discussão, que não tenho tempo ou paciência.
Bem..., eu realmente não tenho a mínima paciência, e tempo também não abunda para estes lados (quando penso que ando a atrasar há imensos dias responder ao simpático Impensável - link aí ao lado -, responder ao Ter Voz - link também ao lado - gasta-me os últimos vestígios de paciência que ainda poderia ter num final de tarde de Domingo).
Mas como não quero que se pense que fujo ao debate, debata-se. Resta saber o quê. Juro que não sei muito bem. Lendo o texto do Ter Voz (o título do post é muito bom) fico a saber que os incomodei, que sabem quais as letras que compõem a numeração romana, que crio "raciocínios euro-estagnados" (?!?... quem diria?...nem eu sei quais...), que sou um pirata e cego.
Vão-me perdoar mas sobre estas considerações sobre a minha pessoa e sobre o conhecimento do Ter Voz relativamente à numeração romana, não vou opinar.
Quanto ao resto do texto, registo com agrado que o Ter Voz possui uma noção muito clara e completa da herança que o PS deixou ao país, depois de ter estado seis anos no Governo a desbaratar as finanças. Num extenso e muito completo parágrafo refere todos os itens (só não sei em que "guerra estúpida" estamos envolvidos...) do que nos legou o PS aquando da sua fuga.
No mais, não sei que diga. Julgo que o Ter Voz está incomodado com um texto que escrevi sobre os critérios de solidariedade de Ferro Rodrigues, mas no dito blog não se escreve uma linha sobre o assunto: eu escrevi que um dirigente do PS Açores tinha sido envolvido - por rumores, indecentes como são todos - num caso de pedofilia e que se tinha demitido de imediato, defendendo embora ser inocente. Sobre o assunto, o Ter Voz escreve... zero. Não sei se acha bem a demissão ou não, não sei acha que os rumores são uma cabala, não sei se sabe onde ficam os Açores, não sei nada. Disse eu, depois: isto é mau para Paulo Pedroso, para Ferro Rodrigues e para o PS. Para o primeiro, porque estando numa situação mais grave (embora não tão injusta como a que é provocada por boatos), não se demitiu de coisa alguma, sequer de dar entrevistas a todo o tipo de jornais, mesmo àquela comunicação social cor-de-rosa que ainda não há muito tempo atrás o PS devia apelidar de “burguesa”... Sobre isto, o Ter Voz escreveu... zero.
Para Ferro Rodrigues também não era bom, dizia eu. Por diversos motivos. Mas destaquei a revelação do tipo de solidariedade que demonstrou ter para com os camaradas, ao dizer que o problema era referente aos Açores, ele nada tinha que opinar. Relativamente aos camaradas de Felgueiras, de Lisboa e dos Açores, a solidariedade do dirigente socialista pode-se subdividir em solidariedade do chicote e da vergastada, do pai do filho pródigo e de Pôncio Pilatos, respectivamente. Qual a opinião do Ter Voz sobre o assunto? Zero, nenhuma.
Concluia dizendo que com exemplos de solidariedade e de dualidade de critérios como estes, o PS não poderia ficar satisfeito com Ferro Rodrigues e este não poderia esperar, um dia, grande solidariedade dos seus camaradas. Dos amigos talvez obtenha solidariedade, tal como ele foi solidário com os seus amigos; dos camaradas é que já não sei. Sobre isto, o Ter Voz disse... zero. Nadinha.
Àqueles que me dizem que eu devo debater as coisas, eu digo que é preciso existirem coisas para se debater. Sobre o que eu efectivamente escrevi no outro post, não se ouviu a voz daqueles que a dizem ter. Responder a mudos só serviu para maçar os leitores com uma reedição do meu texto. E para perder o meu tempo, mesmo que indicado em numeração romana.
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