ALHOS E BUGALHOS: A Presidência da República, sempre temerosa dos comentários de VLX e FNV (o nosso Neptuno ainda não deve ter terminado a sua reunião com Morfeu), veio logo, pressurosa, desmentir a notícia publicada pelo Expresso.
Só a cada vez mais cega tendência anti-Sampaio, que já denunciei aqui em post anterior, explica que se queira equiparar uma notícia desmentida às violações do segredo de justiça (equiparação subliminarmente feita nos posts dos meus companheiros, ao exigirem "coerência" e ao criticarem a eventual existência de "dois pesos e duas medidas").
Em primeiro lugar, porque ainda que fosse verídica a notícia do Expresso, a decisão do PR não está sujeita, por lei, a qualquer tipo de segredo; imagine-se o que seria se o Primeiro-Ministro tivesse de ordenar a instauração de um inquérito, por "fuga de informação" (nem sei bem de que tipo de inquérito poderia tratar-se...), cada vez que a comunicação social noticia antecipadamente a demissão de um ministro (Lynce, Martins, etc.).
Em segundo lugar, por isso que, na violação do segredo de justiça, a lesão do interesse público está na divulgação de uma verdade (isto é, de que certo facto, verdadeiro ou falso, consta num processo), que se quer, durante um certo tempo, secreta. Fenómeno que, como é evidente, nada tem que ver com uma notícia que o imputado desmente.
Gosto do combate político, mas estou habituado, aqui, a outros patamares de seriedade.
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