NEM DÁ PARA ACREDITAR: A morte de Miklos Feher está confirmada. Com 24 anos, este jovem húngaro tinha a vida pela frente quando lhe surge um adversário muito difícil de derrotar.
Manda-me a prudência que nada diga nos próximos tempos. Aliás, é de prever que nos próximos dias o assunto não seja outro. À semelhança de outras situações, vamos ser confrontados com novas palavras para o nosso léxico, como desfibrilhador, tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, manobras de reanimação, cadeia de sobrevivência, morte súbita, ritmos cardíacos, entre outras. A confusão vai ser enorme.
Também à semelhança de outros processos, tudo será discutido. Será que havia ou não desfibrilhador no estádio? E quanto tempo demorou a estar disponível? A manobra de reanimação foi bem feita? E o ritmo 5/1 é melhor ou pior que o ritmo 15/2 (5 compressões cardíacas para 1 respiração boca-a-boca ou 15 para 2)? Será que o INEM demorou tempo demais? E o Hospital de Guimarães estava bem apetrechado? Teria salas de hemodinâmica? E porque é que os jogadores do Benfica puderam entrar no Hospital e os acompanhantes de outros doentes não podem?
Tal como noutros processos, vão se procurar responsáveis à força. Alguém terá que ter tido a culpa! Será do médico do Benfica que não detectou a condição pré-mórbida, ou do médico que fez a reanimação no estádio? Talvez seja do INEM ou da ambulância que demorou tempo de mais? Ainda aposto que vão acusar os Hospitais SA...
Quanto a mim, limito-me dirigir as condolências à família....e a dizer ao senhor que, em directo para a RTP1, afirma que a culpa foi do árbitro por uns segundos antes lhe ter mostrado um cartão amarelo, que se o vir lhe prego dois pares de estalos...
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