SER PORTUGUÊS É MUITO PERIGOSO: É o título da crónica "Política à Portuguesa", do Expresso, assinada por JA Saraiva. A qual termina com a insólita interrogação: "...não será mais sensato integrarmo-nos na Espanha, porque os espanhóis nos governariam melhor." Seguida de uma insólita falta de resposta, acabando em "acção aberta" com um desprezível e sinistro exercício de comiseração: "Os choques que sofremos nos últimos trinta anos puseram em causa todas as nossas certezas." Infelizmente, tenho que concordar com JAS. É de facto perigoso ser português nos tempos que correm, neste país que é vítima do estrago provocado pela geração de JAS e afins. O estrago destes últimos trinta anos em que a geração de JAS (e arredores) - sob pretexto da descolonização, da transição da ditadura e do fim do escudo - transformou este país num sórdido pântano de corrupção, incompetência e compadrio.
O legado dessa geração suposta e convenientemente "refém" das referidas conjunturas é o de um país cujo presente e futuro já se encontram hipotecados. As suas palavras soam como uma confissão de que a "esperteza" - móbil, meio, causa, finalidade e padrão de governação e de comportamento das classes dirigentes nos últimos trinta anos - afinal, não funciona: "Desculpem lá mas, embora não conheçam outro, esperamos que não tenham acreditado neste filme." Se faltasse apontar mais algum defeito a estes senhores era o de que só agora, ao fim dos tais trinta anos e depois de devidamente "instalados" decidem, por fim, "atirar a toalha".
Por favor vão-se embora. Retirem-se. Já chega.
Será mesmo preferível (re)construir um novo Portugal com imigrantes do que com portugueses deste calibre.
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